O suspeito estava com a prisão temporária decretada pelo Poder Judiciário após solicitação da autoridade policial. O caso segue em investigação pelo SHPP (Setor de Homicídios e Proteção à Pessoa) de Santo André.
O criminoso havia sido preso na quinta-feira (12), dentro de um batalhão da PM, após ir buscar informações sobre o carro que utilizou no dia do crime. Já na delegacia, o homem disse que preferia ser preso por temer ser linchado, porém, foi liberado devido à legislação eleitoral, que impede prisões cinco dias antes das eleições. Ele já havia sido preso dois dias antes e liberado pelo mesmo motivo.
Ele foi assassinado próximo ao local onde matou a ex-esposa, chamada Aline, com quem teve três filhos. Eles se conheciam há mais de vinte anos e foram casados por dez anos. O casal se separou e ele foi morar em um sítio na cidade de Mariana, em Minas Gerais. Depois de sete anos, o casal se reconciliou e voltou a se separar algumas vezes.
Em uma dessas reconciliações, o casal teve o filho mais novo. No começo deste ano, José Carlos voltou a Santo André com o objetivo de reatar a Aline, mas a mulher não aceitou voltar com o ex-marido e passou a ser ameaçada por ele.
Uma testemunha relatou que no dia do crime, o homem invadiu a casa de Aline à noite e a atacou com facadas. A vítima ficou caída no chão do banheiro e ele fugiu de carro. Após matar a ex-companheira, José Carlos ligou para o filho mais velho, pedindo para que ele fosse à casa da mãe.
Ao chegar na residência, o rapaz encontrou a mãe morta e os dois irmãos pequenos chorando.
O caso foi registrado como homicídio qualificado (feminicídio) pelo 6° DP de Santo André.
R7