** O IPCA-15 da RMS em agosto (-0,82%) foi o menor índice na região desde o início da série histórica do IBGE, em 2000. A queda nos preços foi superior à do Brasil como um todo (-0,73%);
** Deflação em agosto se deu por conta da queda média de preços em 4 dos 9 grupos de produtos e serviços investigados. Os transportes (-6,74%) apresentaram sua maior deflação da série histórica na RMS e foram os principais responsáveis pelo índice na região, puxados pela queda nos combustíveis (-18,24%), em especial, da gasolina (-19,60%).
** Por outro lado, alimentação e bebidas (1,36%) seguiram com alta nos preços e foram a principal influência para segurar a queda no índice na RMS, puxada pelo aumento no leite longa vida (28,29%);
** Mesmo com o resultado de agosto, a RMS ainda tem a maior inflação acumulada do país, nos primeiros oito meses de 2022, segundo o IPCA-15 (5,93%). Nacionalmente, o índice está em 5,02%;
** No acumulado nos 12 meses encerrados em agosto, o indicador desacelerou e chegou a 10,88%, mas está acima do nacional (9,60%) e também é o mais alto do país.
Em agosto, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), calculado pelo IBGE, ficou em -0,82% na Região Metropolitana de Salvador (RMS). O IPCA-15 funciona como uma prévia da inflação oficial do mês, refletindo os preços coletados entre 14 de julho e 12 de agosto.
Na RM Salvador, o indicador apresentou deflação pela primeira vez desde maio de 2020 (quando havia sido de -0,54%), desacelerando em relação ao mês anterior (havia sido de 0,28% em julho) e tendo o menor índice mensal de toda a série histórica regional do IPCA-15, iniciada em maio de 2000.
Todos os 11 locais pesquisados apresentaram deflação no IPCA-15 de agosto, com a RMS tendo apenas a 9ª maior queda no mês. Os índices mais baixos foram registrados nas RMs Belo Horizonte/MG (-1,58%), Recife/PE (-1,44%) e Fortaleza/CE (-1,31%).
No Brasil como um todo, a prévia da inflação de agosto ficou em -0,73%, também a menor taxa da série histórica, iniciada para o país como um todo em 1991.
Mesmo com o resultado de agosto, o IPCA-15 acumula alta de 5,93% no ano de 2022, na RMS. Este índice é o mais elevado dentre os 11 locais pesquisados e acima do registrado no Brasil como um todo (5,02%).
No acumulado nos 12 meses encerrados em agosto, o IPCA-15 da RM Salvador também desacelerou e ficou em 10,88% (frente a 12,74% até julho). Porém, continua acima do nacional (9,60%) e também é o mais alto do país. Em agosto, o indicador acumulado em 12 meses seguiu maior que 10,00% em 4 dos 11 locais pesquisados: além da RM Salvador, nas RMs São Paulo/SP (10,39%), Rio de Janeiro/RJ (10,17%) e Curitiba/PR (10,07%).
O quadro a seguir mostra os principais resultados do IPCA-15 de agosto para o Brasil e cada uma das áreas investigadas.
Puxada pela queda na gasolina (-19,60%), despesas com transportes têm maior queda na série histórica (-6,74%) e são a maior influência para a deflação na RMS
O IPCA-15 de agosto na Região Metropolitana de Salvador (-0,82%) foi resultado de quedas nos preços médios de quatro dos nove grupos de produtos e serviços que formam o índice. Desses grupos, três caíram mais do que em julho.
Os grupos transportes (-6,74%) e comunicação (-1,01%) foram os que mais contribuíram para a queda do IPCA-15 de agosto na RM Salvador.
Em agosto, os transportes tiveram a maior queda na série histórica na Região Metropolitana de Salvador, iniciada em 2000, influenciada principalmente pela deflação nos combustíveis (-18,24%), em especial, da gasolina (-19,60%). A queda nos preços da passagem aérea (-17,88%) também influenciou o índice do grupo.
Já a queda dos preços do grupo comunicação se deu por conta, principalmente, das deflações do plano de telefonia móvel (-1,61%) e do aparelho telefônico (-1,86%).
Além dos transportes e da comunicação, também apresentaram quedas os grupos habitação (-0,22%) e artigos de residência (-0,78%), principalmente influenciadas, respectivamente, pela energia elétrica residencial (-4,01%) e pelos aparelhos eletroeletrônicos (-1,48%).
Por outro lado, cinco grupos apresentaram inflação na RMS em agosto, com alimentação e bebidas (1,36%) sendo a principal pressão inflacionária da região no mês.
O grupo, que apresentou aceleração no aumento de preços (havia sido de 0,44% em julho), teve o seu resultado puxado, principalmente, pelo leite e derivados (11,38%), em especial, o leite longa vida (28,29%), que foi o item que mais freou a queda da inflação na região e teve o maior aumento absoluto entre os itens que compõem o IPCA-15 na RMS.
Por outro lado, o tomate teve a maior queda absoluta entre os itens do IPCA-15 na RMS (-20,17%).
O segundo grupo com o crescimento mais representativo no IPCA-15 na RM Salvador foi o de saúde e cuidados pessoais (1,07%), cuja inflação foi puxada, principalmente, pelo aumento de preços do plano de saúde (1,07%).