** Entre 2008 e 2018, a proporção de pessoas com algum grau de pobreza não monetária no estado caiu de 70,5% para 34,6%. No mesmo período, o Índice de Pobreza Multidimensional Não Monetário (IPM-NM) recuou quase 70,0% (-69,9%), de 13,1 para 3,9;
** A Bahia teve a 11a queda mais intensa no Índice de Pobreza Multidimensional, dentre todos os estados brasileiros, e a 3a maior do Nordeste, abaixo de Sergipe (de 12,4 para 3,1, ou -75,3%) e Ceará (de 10,0 para 3,0, -70,5%);
** Assim, entre 2008 e 2018, a Bahia deixou de ter o 6o maior Índice de Pobreza Multidimensional do país, passando para o 11o maior. Em termos de proporção de pessoas com algum grau de pobreza (34,6%), o estado também melhorou no ranking: ficava na 11a posição em 2018 frente à 8a em 2008;
** Privações no acesso a serviços financeiros e padrão de vida e na educação eram as que mais contribuíam para a vulnerabilidade e a pobreza não monetárias, em 2018, na Bahia e no Brasil.
Entre 2008 e 2018, as proporções de pessoas com algum grau de vulnerabilidade ou pobreza, assim como os índices de Vulnerabilidade e Pobreza Multidimensional Não Monetários, tiveram quedas significativas no Brasil e em todos os estados.
Na Bahia, em 2008, 9 em cada 10 pessoas viviam com algum grau de vulnerabilidade (94,4% da população), proporção que recuou para 8 em cada 10 (79,9%) dez anos depois. No período, o Índice de Vulnerabilidade Multidimensional Não Monetário (IVM-NM) caiu pela metade no estado, passando de 22,9 para 11,3.
No Brasil como um todo, o percentual de pessoas com algum grau de vulnerabilidade recuou de 81,7% em 2008 para 63,8% em 2018, numa redução mais intensa do que a ocorrida na Bahia. Na década, o IVM-NM caiu quase à metade, de 14,5 para 7,7.
A Bahia apresentou o 9o maior recuo no Índice de Vulnerabilidade, dentre os 27 estados. Santa Catarina teve a maior redução (de 7,7 para 2,6, ou -65,8%), seguida por Roraima (de 24,0 para 8,4, ou -64,9%) e Paraná (de 8,8 para 3,8, ou -57,2%).
Ainda assim, em 2018, a população baiana tinha o 11o maior Índice de Vulnerabilidade do país (frente ao 7o maior em 2008). Em termos de proporção de pessoas com algum grau de vulnerabilidade (79,9%), a Bahia ficava na 13a posição em 2018 (frente a 10a maior em 2008).
Maranhão, Pará e Acre tinham, nessa ordem, os maiores percentuais de pessoas com alguma vulnerabilidade e os Índices de Vulnerabilidade mais altos, em 2018. Santa Catarina, Paraná e São Paulo tinham os menores percentuais e os índices mais baixos.
A redução da pobreza não monetária foi mais intensa do que a da vulnerabilidade, na Bahia. Entre 2008 e 2018, a proporção de pessoas com algum grau de pobreza no estado caiu pela metade, passando de 70,5% para 34,6%. No mesmo período, o Índice de Pobreza Multidimensional Não Monetário (IPM-NM) recuou quase 70,0% (-69,9%), de 13,1 para 3,9.
A redução da pobreza no estado também ocorreu num ritmo um pouco maior do que o verificado no país como um todo, onde a proporção de pessoas com algum grau de pobreza caiu de 44,2% para 22,3%, e o Índice de Pobreza recuou de 6,7 para 2,3, nos dez anos entre 2008 e 2018.
A Bahia teve a 11a queda mais intensa no Índice de Pobreza, dentre todos os estados brasileiros, e a 3a maior queda do Nordeste, só abaixo das verificadas em Sergipe (de 12,4 para 3,1, ou -75,3%) e no Ceará (de 10,0 para 3,0, -70,5%). Nacionalmente, Santa Catarina (de 2,0 para 0,3, ou -83,3%), Roraima (de 13,3 para 2,3, -82,4%) e Tocantins (de 12,3 para 2,7, -77,8%) lideraram em magnitude de recuo.
Com isso, entre 2008 e 2018, a Bahia deixou de ter o 6o maior Índice de Pobreza do país, indo para o 11o. Em termos de proporção de pessoas com algum grau de pobreza (34,6%), o estado também ficava na 11a posição (frente à 8a em 2008).
Assim como ocorria em relação à população em vulnerabilidade, Maranhão, Pará e Acre tinham, nessa ordem, os maiores percentuais de pessoas com algum grau de pobreza e os maiores Índices de Pobreza, dentre os estados. No outro extremo, Santa Catarina, Paraná e São Paulo tinham os menores.
Privações no acesso a serviços financeiros/padrão de vida e na educação são as que mais contribuem para vulnerabilidade e pobreza na Bahia
Das seis dimensões avaliadas, as privações no acesso a serviços financeiros e padrão de vida e na educação eram as que mais contribuíam para que a população baiana vivesse em vulnerabilidade ou com algum grau de pobreza não monetária, em 2018. Elas respondiam, respectivamente, por 20,0% e 18,8% do Índice de Vulnerabilidade (IVM-NM) e por 19,5% e 18,0% do índice de Pobreza (IPM-NM).
Por outro lado, as privações na dimensão de moradia eram as que menos contribuíam para a vulnerabilidade e a pobreza no estado – ainda que também tivessem sua importância, respondendo por 13,5% do Índice de Vulnerabilidade e por 13,2% do Índice de Pobreza.
O quadro era praticamente o mesmo no Brasil como um todo. As privações no acesso a serviços financeiros e padrão de vida contribuíam com 19,5% do Índice de Vulnerabilidade e 19,2% do Índice de Pobreza, seguidas pelas privações na educação (18,6% do IVM-NM e 17,6% do IPM-NM).
Em nível nacional, as privações em moradia tinham a menor contribuição para a pobreza (14,7%) e a segunda menor para a vulnerabilidade (15,0%), bem próxima à das privações no acesso aos serviços de utilidade pública (14,9%).
Nos dez anos considerados, a principal mudança nas contribuições de cada dimensão para a vulnerabilidade e a pobreza, tanto na Bahia quanto no Brasil como um todo, foi a perda de liderança das privações em transporte e lazer.
Em 2008, transporte e lazer era a dimensão que mais contribuía para a vulnerabilidade e a pobreza no estado (23,3% do IVM e 21,4% do IPM) e no país (23,8% e 21,3%). Em 2018, ela havia caído para a 3a contribuição no Índice de Vulnerabilidade (16,8% no Brasil e 16,6% na Bahia) e para a 5a contribuição no Índice de Pobreza (15,7% no Brasil e 15,3% na Bahia).