A perda dental acontece com pessoas de todas as idades, seja por falta de cuidados, fatalidades, como quedas e pequenos acidentes, e casos de anodontias, que é a ausência da formação do germe dentário. Os implantes são vistos, hoje em dia, como ótimas opções de tratamento, reabilitando estética e funcionalmente os dentes perdidos e garantindo também a retomada da boa mastigação e estrutura do sorriso, que é parte fundamental da interação social e autoestima. No caso de pacientes jovens, no entanto, alguns cuidados devem ser tomados e a correção do sorriso com implantes pode acabar não sendo uma possibilidade.
Apesar do organismo não rejeitar os implantes, principalmente em função do titânio usado na produção deles, um bom implantodontista precisa avaliar a formação óssea do paciente em questão. “O paciente que já esteja com o período de crescimento facial encerrado não tem qualquer limitação para a instalação dos implantes dentários, desde que tenha uma saúde controlada”, explica Marcos Oliva, Especialista em Implantodontia e Coordenador do Curso de Implantodontia do Instituto Prime.
“A literatura descreve tratamentos em pacientes jovens, mas os possíveis efeitos da presença dos implantes no crescimento, tanto da mandíbula como do maxilar, ainda não são definitivamente esclarecidos. Sabemos que os implantes são como dentes paralisados, que não acompanham o crescimento facial, por isso o dentista precisa avaliar, com critério, caso a caso”, esclarece Oliva.
De maneira geral, a melhor idade para a instalação de implantes em pacientes jovens é após os 15 e 18 anos, para pacientes do sexo feminino e masculino, respectivamente. Se colocado durante o crescimento ativo, o implante corre o risco de ficar mal posicionado pelo crescimento contínuo. “Por isso, o que deve ser levado em conta, mais do que a idade cronológica, é a idade biológica”, reforça Marcos.