Jaques Wagner, ex-governador da Bahia, classificou como as acusações da Polícia Federal de que que teria recebido R$ 82 milhões em propina durante as obras da Arena Fonte Nova como infundadas “infundadas” .
Wagner e seus advogados, Tiago Campos e Pablo Domingues, falaram durante entrevista coletiva, na tarde de hoje (26), em Salvador.
“Eu não sei de onde tiraram aquele valor de R$ 82 milhões, e acho estranho que, antes da investigação chegar ao fim, alguém já se pronuncie nesses termos […] Então, repilo a ideia de receber propina. Nunca recebi e nunca pedi propina”.
Advogados vão pedir anulação da ação
Os advogados do ex-governador já avisaram que vão pedir a anulação do procedimento realizado pela Polícia Federal, durante a Operação Cartão Vermelho, deflagrada no início da manhã desta segunda-feira (26).
Os policiais estiveram logo cedo no condomínio Mansão Victory Tower, residência do petista, e deixaram o local por volta das 8h25, com uma mochila e um malote. Segundo os advogados Thiago Campos e Pablo Domingues, o procedimento é considerado nulo.
“Todas as verbas que passaram estão sob o controle do Tribunal de Contas do Estado. Há um processo que está em curso no TCE, ainda não concluído. Não há razão de direito para que este inquérito esteja sob custódia da Justiça Federal”, informaram os advogados. “Não há sentido jurídico para que ele se submeta a entregar documentos da forma como foi. Se espanta, sob o ponto de vista, estritamente jurídico, de um inquérito que teve início em 2013 e, cinco anos depois, há a necessidade de uma medida de urgência. Que fato foi esse novo que se justificou essa apreensão?”, questionou a defesa.