No domingo (21), a capital baiana será palco da primeira edição da Marcha Nacional pelo Parto Humanizado. A concentração está marcada para às 16h no Farol da Barra e reunirá mulheres, profissionais da saúde, ativistas e entidades que defendem o direito de atuação e a autonomia das mulheres quanto à escolha pelo profissional e local de parto.
A marcha, que tem a coordenação nacional liderada por enfermeiras obstétricas, está sendo liderada em Salvador por um coletivo de mulheres que envolve profissionais da área, mães e movimento social, tendo apoio de associações de enfermagem brasileiras, do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), do Conselho Regional de Enfermagem da Bahia (Coren-BA) e da Rede de Humanização do Parto e Nascimento.
Além de Salvador, mais 8 capitais brasileiras estarão realizando a marcha no dia. São elas: São Paulo, Rio de Janeiro, Florianópolis, Belo Horizonte, Palmas, Belém, Goiânia e Brasília
“Nós apoiamos esse movimento e reconhecemos o papel fundamental das enfermeiras obstetras na garantia de um parto seguro e humanizado para todas as mulheres”, comentou o presidente do Coren-BA, Davi Apóstolo, que também estará presente na marcha.
Em Salvador, o movimento organizou um documento com uma lista de solicitações em prol da humanização do parto no município. São objetivos da marcha, dentre outros:
- Garantir às mulheres e pessoas que gestam o direito de escolha quanto ao local de parto de forma segura, respeitosa e qualificada;
- Instrumentalizar os profissionais da rede de saúde, atenção primária e secundária, acerca dos locais de parto e boas práticas, conforme evidências científicas atualizadas;
- Implementar a política pública que garanta o Centro de Parto Normal extra hospitalar como opção de escolha do local de parto e retomar a proposta assumida pelo Governo do Estado, na ocasião do fechamento do CPN Marieta de Souza Pereira, acerca da continuidade do modelo assistencial;
- Criar um grupo de trabalho com profissionais atuantes na assistência ao Parto Domiciliar Planejado e controle social, para articular a implementação de uma rede de assistência ao PDP de atenção pública e privada;
- Garantir a implementação do Protocolo Assistencial de PDP já registrado no Conselho Regional de Enfermagem da Bahia e o transporte sanitário (SUS) em tempo hábil para Atenção Secundária, nos casos em que forem necessários transferências de parto domiciliar planejado;
- Incluir as informações sobre as opções de locais de parto: hospitalar, extrahospitalar, incluindo o PDP, em sites e documentos oficiais elaborados e divulgados pelo Governo do Estado;
- Criar um Projeto de Lei Estadual que garanta o direito às mulheres e famílias de um PDP seguro e respeitoso.
- Implementar um Portal público de indicadores estaduais sobre a assistência obstétrica e neonatal;
- Criar um Projeto de Lei Estadual de combate à violência obstétrica e promoção da assistência humanizada ao parto e nascimento;
- Construir uma rede de denúncia acerca da violência obstétrica, de forma a ser publicizada.
- Garantir a formação continuada dos profissionais da assistência do pré natal, parto, pós parto e situações de abortamento conforme evidências científicas atualizadas e promoção de boas práticas;
- Ampliação do modelo de Casa da Puérpera para outras instituições de assistência;
- Ampliar a lei das doulas de Salvador para os demais municípios da Bahia, através da aprovação da PL. 21.931/2016, que dispõe sobre a entrada das doulas nas instituições de todo o estado;
- Garantir atuação de doulas contratadas pelo poder público para apoio ciclo gravídico puerperal nas instituições de saúde municipais e estaduais
Para maiores informações sobre a Marcha e o movimento pelo parto humanizado em Salvador, basta seguir a página no instagram oficial do evento: www.instagram.com/partohumanizadossa