Após a primeira gravidez, escolher a hora certa de ser mãe novamente é uma indecisão que paira entre as mulheres. Isso acontece muitas vezes porque elas não sabem se o corpo está preparado para uma nova gestação. Com os recentes casos da atriz Thaís Fersoza e a modelo Andressa Suita, que decidiram ser mães do segundo filho num prazo curto em relação à primeira gravidez, as dúvidas afloraram sobre como o organismo da mulher reage a essa gestação aparentemente precoce.
Para o ginecologista e obstetra Dr. Élvio Floresti Junior, o melhor é esperar até o corpo se recuperar do primeiro parto. “O organismo da mulher passa por transformações durante a gravidez e ao dar à luz, deve se levar em consideração um intervalo de tempo de pelo menos um ano entre uma gestação e outra”, diz ele.
De acordo com o médico, quando o óvulo fecunda, o organismo da mulher passa por modificações para conseguir nutrir o feto que está crescendo. Durante os 9 meses, o bebê sempre será prioridade do organismo materno, e ao dar à luz, a mulher passa por um período chamado de puerpério, que se refere ao tempo necessário para o organismo se normalizar, esse momento deve ser respeitado, conclui o especialista.
Outro fator importante é se o primeiro parto foi cesariana ou normal, pois existe o risco de rompimento uterino durante a nova gestação, principalmente quando a mulher tem problemas de má cicatrização. “É sempre válido realizar exames durante o período gestacional e acompanhar se a cicatrização está sendo feita de modo correto pelo organismo para evitar problemas na gestação atual Influenciando assim, no tipo de parto que terá o segundo filho”, afirma o médico.
Existe uma resistência maior de mulheres após os 35 anos esperarem para ter o segundo bebê, por causa da idade considerada avançada para gestação. “A partir dos 35 anos a gestação requer cuidados redobrados, para evitar as síndromes provocadas por alterações cromossômicas” alerta Dr. Élvio. Contudo, é recomendado esperar o período de um ano para a nova gestação. É importante salientar que, independentemente da idade da mulher e de quantas gravides teve ou pretende ter, ela precisa fazer os exames de pré-natal para ter a gestação segura para ela e para o bebê.
Bahia Notícias