A Sefaz-BA acionou as chefias intermediárias para telefonar durante o domingo aos fazendários para demovê-los da ideia de paralisar nesta segunda (09) os postos fiscais Angelo Calmon (Feira de Santana), Francisco Hereda (BA-PE, em Juazeiro), Heráclito Barreto (BA-AL, em Paulo Afonso) e Fernando Presídio (BA-SE, em Rio Real/Loreto). Também acionou membros da Corregedoria da Secretaria para intimidar os colegas e colocou forte efetivo da Polícia Militar nos locais. Mesmo assim, os fazendários não se intimidaram e paralisaram todas as quatro unidades listadas.
“A postura intimidatória adotada pela Sefaz-BA não vai tirar o ânimo dos fazendários. Nossa paralisação é legal, aprovada em assembleia, comunicada oficialmente, em prazo tempestivo, à Secretaria e informada à sociedade, através da imprensa”, declara Cláudio Meirelles, diretor de Organização do Sindsefaz. Ele avalia que o melhor neste momento seria o Gabinete negociar com o Sindicato os pleitos apresentados pela categoria. “Ameaçar só vai aumentar a distância entre servidores e a administração, além de reforçar o movimento, que &eacu te; crescente”, conclui.
A mobilização dos fazendários vai continuar durante toda a segunda e também nesta terça (10), quando estarão parados todos os postos de atendimento nos SACs e nas Inspetorias fazendárias das cidades de Alagoinhas, Cruz das Almas, Feira de Santana, Irecê, Itaberaba, Jacobina, Juazeiro, Paulo Afonso, Santo Antônio de Jesus, Seabra, Senhor do Bonfim, Serrinha e Valen&c cedil;a. Este protesto se repetirá na região Região Metropolitana e na capital, nos dias 17 e 18 de outubro, culminando com uma paralisação geral, que vai acontecer dia 26/10, com ato e assembleia no Prédio-sede da Secretaria da Fazenda (Sefaz-BA), no Centro Administrativo, em Salvador.
Nos postos fiscais os caminhões não serão parados e nos postos de atendimento nos SACs e Inspetorias fazendárias não haverá recepção ao público e nem agendamento. O pessoal que trabalha em fiscalização de Estabelecimentos, na Malha Antecipa e na fiscalização de ITD também suspenderão atividades na terça (10).
Os fazendários têm feito sua parte, mesmo sob todas as adversas condições. No 2º e 3º trimestres de 2017 bateram as metas de arrecadação. Porém, não há qualquer reconhecimento pelo trabalho e nem qualquer negociação em torno da pauta de reivindicações. A categoria está com salários congelados, perdas que ultrapassam 20% desde 2013, corte em benefícios históricos, entre outros prejuízos.