A Polícia Civil investiga quem está por trás de ameaças feitas a motoristas de linhas de vans na rodoviária de Campo Grande, na Zona Oeste do Rio, desde a noite de quarta-feira (5).
Na madrugada de sexta-feira (7), uma van foi incendiada na Estrada do Campinho, na esquina da Estrada do Campinho com a Rua Santa Maria, após um grupo abordar o motorista. A polícia afirma que não houve registro do caso.
Uma passageira, que não quis se identificar, contou ao G1 que viu o veículo ser incendiado.
“Uma van passou, e eu peguei a que vinha logo atrás. Em seguida, o pessoal que estava na van da frente contou que homens chegaram e disseram para pegar outro transporte, porque eles iam incendiar o carro”, disse ela.
Ameaças
Em depoimento a policiais da 35ª DP (Campo Grande), uma das vítimas das ameaças disse que os homens, armados com fuzis e encapuzados, chegavam perto dos carros e ameaçavam: “Se não acertarem com a gente e estiverem rodando, vamos incendiar o carro”.
Os homens ainda teriam ordenado que o homem entregasse as chaves da van. A polícia se mostra cautelosa.
“Se isso aconteceu ou não, eu não posso confirmar ainda. Mas estamos investigando para ver de quem partiu e porque isso está sendo feito”, disse o delegado titular da 35ª DP, Marcelo Ambrósio.
Segundo ele, a polícia foi até a rodoviária para procurar os carros e motoristas que estavam lá na noite do fato, mas não encontrou. “Estão faltando peças no quebra-cabeça”.
Milícias
A região de Campo Grande tem atuação intensa de duas milícias diferentes: a Liga da Justiça, de Naldo, Batman, Jerominho e Natalino, e o grupo de Carlinhos Três Pontes e Toni Ângelo. Recentemente, com a volta de Jerominho e Natalino para o complexo penitenciário de Bangu, a região da Carobinha voltou a ficar somente sob controle de Três Pontes.
Na quinta-feira, um policial reformado de 68 anos morreu atingida por uma bala perdida após homens em um carro metralharem um Sandero prata, na Estrada da Posse. Os ocupantes do veículo escaparam com vida. A Divisão de Homicídios investiga o caso.
G1