Representantes de movimentos sociais entregaram nessa quinta-feira na Câmara dos Deputados um pedido de impeachment contra o presidente Michel Temer. O documento foi assinado por 19 pessoas, entre juristas e líderes de movimentos, como a CUT, Central Única dos Trabalhadores, e a UNE, União Nacional dos Estudantes.
De acordo com o texto, ‘haveriam fortes indícios de atos ilícitos’ de Michel Temer no episódio que acabou com a demissão do ex-ministro da secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima.
Geddel saiu do governo depois de denúncias do ex-ministro da Cultura, Marcelo Calero, que disse ter sofrido pressões de ministros e de Michel Temer para alterar um parecer com objetivo de liberar uma obra de um edifício em Salvador, onde Geddel adquiriu um imóvel.
O presidente da CUT, Wagner Freitas, defendeu que essa conduta se enquadra na Lei de Crimes de Responsabilidade.
Esse já é o segundo pedido de impeachment protocolado contra Temer na Câmara, o outro foi apresentado pelo PSOL com os mesmos argumentos. O líder do Democratas na Câmara, Pauderney Avelino, acredita que não há apoio na casa para um novo processo de impedimento.
O Palácio do Planalto informou, por meio de assessoria, que não vai comentar o caso. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, do Democratas, que é quem aceita ou rejeita pedidos de impedimento, não estava presente na entrega do documento. Mas Maia já demostrou em outros momentos apoio a Temer no caso do edifício de Geddel em Salvador.
ebc