“Muito revoltada”. Esse é o sentimento de Maria do Carmo, pensionista, que precisou deixar a casa onde mora, após o imóvel ser alagado durante enorme vazamento de distribuidora de água potável em uma rua de Periperi, em Salvador. Conforme a Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa) quatro famílias precisaram deixar os imóveis onde moravam.
O vazamento ocorreu na sexta-feira (24). Segundo Embasa, a rede distribuidora fica da Rua da Prefeitura. Os moradores, no entanto, dizem que a área é do bairro de Praia Grande. As duas localidades fazem divisa.
A rua onde o vazamento ocorreu dá acesso a Ladeira da Colombina. Por causa disso, várias casas que estão no nível abaixo da ladeira ficaram alagadas. Havia muita água nos imóveis e galhos de árvores foram levados com a força da água. Alguns técnicos da Embasa ajudaram os moradores a retiraram os móveis das casas e, muitos deles, perderam tudo que tinham nas residências.
“A água caiu por cima do meu telhado. A água chegou a entrar, molhou minha sala, meu quarto, a cozinha e meu banheiro. Dentro de casa parecia um chuveiro”, disse um morador.
“Jogou tudo para cima. Foi uma coisa muito triste de se ver. O jato de água muito forte, muito alto. Destruiu tudo que viu pela frente”, contou outro.
Algumas famílias precisaram ir para o hotel, incluindo a de Maria do Carmo, por causa da situação. Ela disse que espera que a Embasa arque com os prejuízos.
“Tô sem teto. Uma coisa que eu nunca pensei na minha vida. Estou muito revoltada. Passei muito mal. A Embasa não tem o compromisso certo com as pessoas. Eu não vou aceitar isso. Eles vão ter que me dar tudo”, disse a pensionista.
Por meio de nota, a Embasa disse que sete imóveis foram atingidos pelo vazamento de água. Desse total, quatro famílias foram alojadas em um hotel e três permaneceram nas casas.
Ainda segundo a empresa, os funcionários da Embasa fizeram toda a limpeza dos imóveis, repararam a parte elétrica dos que foram afetados e fizeram o levantamento dos danos de cada imóvel, para ressarcimento. A empresa ainda destacou que já existe uma comissão formada para isso.
G1