Por Carol Ribeiro – Da Agência de Notícias Nujor Estácio
O ano de 2020 começou de forma trágica para o mundo. A pandemia da Covid-19 trouxe medo e causou milhões de mortes em todo o mundo. No Brasil, já ultrapassamos a marca dos 170 mil óbitos e as consequências vão além do luto. Prejuízos econômicos, educacionais, mudanças de rotina e isolamento, tudo isso afetou a vida dos brasileiros e deixou marcas que serão impossíveis de esquecer. Na Bahia, o processo de flexibilização para reabertura de empresas, restaurantes, comércios e shoppings tem sido lento. Algumas pessoas até tentam “voltar ao normal”, mas a questão que ainda desperta inquietação é como será o retorno da educação.
Instituições de ensino particulares não pararam suas atividades. Ainda que de forma remota seguiram realizando aulas, atividades e as avaliações no formato online com o uso de ferramentas de reunão remota como Google Meets, Zoom, Microsoft Teams, entre outras. A adaptação pode ter afetado alguns alunos, mas foi feito o possível para continuar os semestres letivos. Isso aconteceu não só no ensino infantil, fundamental e médico, como também nas instituições de ensino superior.
A pedagoga e docente do Centro Universitário Estácio da Bahia, Marialva Santos acredita que as instituições de ensino superior têm chances de retornar às aulas presenciais, mas é preciso ter atenção redobrada quanto aos critérios e seus cumprimentos. “Precisamos manter as normas de distanciamento, do uso de máscaras, da higienização das mãos, do uso do álcool em gel, todas as normas que possam evitar a contaminação. O primeiro dia de trabalho deverá ser de acolhimento aos alunos, com a realização de um trabalho de conscientização para que não haja uma contaminação em massa.”
Ensino Público
Mas e o ensino público? Como as escolas estaduais e municipais se portam diante da continuidade do risco de contaminação? Quais as perspectivas para um retorno e recuperação do que foi perdido? São questões que envolvem não só os alunos, mas também pais, professores e funcionários.
Para as escolas públicas, a maior dificuldade encontrada nesse período de pandemia foi a acessibilidade para acompanhar as aulas. A estrutura para garantir a continuidade do ensino não alcança todos os estudantes e com isso os danos podem ser de grande escala.
”Infelizmente pode haver um grande impacto por não ter tido um suporte e uma estrutura adequada, nem todos os alunos de escolas públicas têm acesso a internet, tem um notebook ou celular pra ajudar nesse novo modo remoto de relação entre o ensino e aprendizagem, alguns professores não se capacitaram para essa educação remota. Estender o período de distanciamento social, dar férias aos professores, tem um certo impacto porém o mais importante é que esse aluno tenha estrutura para acessar as aulas remotas”.