O partido Democratas ainda amarga as sequelas deixadas pelo processo sucessório de Rodrigo Maia (DEM/RJ) à presidência da Câmara. Criticado interna e externamente, o presidente da legenda, ACM Neto, sustenta que não houve negociação de cargos e verbas no acordo que levou o partido a abandonar o apoio a Baleia Rossi (MDB/SP), candidato de Maia, e que a legenda manterá postura independente em relação ao governo Bolsonaro. “Quem me conhece sabe que não serei candidato a vice-presidente da República nem de Bolsonaro, nem de nenhum outro candidato”, declara ACM Neto.
O presidente dos Democratas também sustenta que a prioridade é o combate à pandemia. “A posição do Democratas adotada desde o final de 2018, depois da eleição do atual presidente da República, foi de independência. Assim temos sido e assim continuaremos sendo”, declara o ex-prefeito de Salvador, para quem não existe qualquer interesse em transformar o partido em base do governo. “As agendas da área econômica terão o nosso apoio, mas quando for preciso divergir sempre teremos a liberdade [para isso].”
A declaração pública de ACM Neto gravada em vídeo e distribuída aos jornalistas vem em resposta a críticas de outros líderes da legenda, como Rodrigo Maia e Henrique Mandetta. O ex-presidente da Câmara compartilhou em sua rede social declaração de Mandetta em que o ex-ministro da Saúde é incisivo contra Neto: “ele não descarta nada, tudo pode ser. É tipo maria-mole, que vai para um lado, vai para o outro”. Também entre emedebistas, conforme o blog apurou, a voz corrente é que “o Dem voltou a ser o PFL de sempre”.
Assista ao vídeo divulgado por ACM Neto:
R7