O presidente do Vitória da Conquista, Ederlane Amorim, fez um desabafo criticando a arbitragem na derrota para o Bahia de Feira por 2 a 1, na Arena Cajueiro, neste domingo (31), pelo jogo de volta da semifinal do Campeonato Baiano. O mandatário do Bode questionou duas decisões do árbitro Irinaldo Jorge dos Santos, que foram a expulsão do zagueiro Val e o segundo gol do Tremendão.
“Não quis falar lá depois do jogo, porque a gente fica tenso, mas essa questão da arbitragem está cada vez mais decisiva no futebol, não só da Bahia como do Brasil. Pelo menos pelas informações que a gente tem acesso, fomos prejudicados no jogo de ida naquele gool que foi anulado no final. Hoje aqui fomos prejudicados desde o início do jogo. Esse juiz foi o quarto árbitro lá em Vitória da Conquista e tivemos problemas, porque um torcedor teve acesso ao vestiário e acabou ofendendo, deu murro na porta. Talvez tenha sido uma represália. Não entendo, por que a Federação Bahiana colocou o quarto árbitro de lá para ser o árbitro central de um jogo que valia uma vaga na final do campeonato, Copa do Brasil, Série D, todo um calendário. Com tantos outros árbitros experientes, coloca um sem experiência para apitar essa partida. No começo do jogo, ele amarelou três jogadores do nosso sistema defensivo. A questão da expulsão, está todo mundo falando. Só ele viu aquela falta. Temos relatos dos próprios jogadores do Bahia de Feira disseram que a bola bateu na mão no lance do gol deles. Fico pasmo que o presidente da comissão de arbitragem é comentarista da televisão e fala que a bola não foi pênalti. Um árbitro que sempre teve várias polêmicas no passado quando ele era árbitro, principalmente nos jogos que ele apitava do nosso time”, discursou.
Com o resultado, o Vitória da Conquista termina o Baianão na quarta colocação e com isso não conseguiu as classificações para a Copa do Brasil e para a Série D do Campeonato Brasileiro de 2020. Das três vagas destinadas à Bahia para esta última competição, o estadual dá duas delas, enquanto a terceira está prevista para ser disputada na Copa Governador do Estado. Porém, se o torneio não acontecer neste ano, a última classificação ficará com o Bode.
“É uma situação muito crítica. Eu vejo aí um prejuízo muito grande, porque prejudica financeiramente, tira nosso calendário. Como é que um time do interior vai crescer dessa maneira? Não sei se foi de forma deliberada ou premeditada, mas nós fomos prejudicados pela arbitragem no primeiro e segundo jogo. O que vai acontecer com esses árbitros? Nada. E se você falar ainda é punido. Eu fui citado no jogo contra o Flu de Feira, contra o Bahia de Feira lá em Conquista”, lamentou.
Ederlane Amorim ainda acusou um dos policiais de ter engatilhado a arma para os seus jogadores após o final da partida. Ele também contou que o Éder Amorim, seu filho e um dos atletas do elenco do Bode, foi agredido e deixou o gramado sangrando.
“Você não pode ficar todo jogo reclamando com o árbitro. Primeiro que não lhe dão esse direito. Você tem que ser prejudicado e levar um buquê de rosas, um lanche, pagar para o árbitro e ele sai todo protegido pela polícia. Inclusive nós temos aqui um cartucho da arma de um policial, que engatilhou a arma contra os nossos jogadores. Jogador nosso foi agredido, o Éder Amorim. Saiu com a boca sangrando após o jogo, porque foi agredido covardemente”, acusou. “Ele vai até ter que justificar, porque ficou faltando um cartucho da munição dele”, completou.
O presidente do Bode comentou que o técnico e jogadores ficaram revoltados com as decisões da arbitragem.
“É uma revolta muito grande ver nosso treinador chorando, de ver jogadores chorando revoltados… Poderíamos ter perdido para o Bahia de Feira, é um resultado perfeitamente normal, mas não perder nessas condições”, finalizou.
Bahia Notícias