O senador Ciro Nogueira, do Progressistas do Piauí e presidente do partido, é suspeito de tentar impedir um ex-assessor de colaborar com a justiça. A investigação veio à tona após mais uma operação da Polícia Federal no âmbito da Lava Jato.
Além dele, também foi alvo da PF o deputado por Pernambuco, Eduardo da Fonte, e o ex-deputado por Roraima, Márcio Junqueira. Esse último teria ameaçado de morte o ex-assessor de Ciro na tentativa de evitar a delação do funcionário à justiça. Por conta disso, Márcio Junqueira foi preso preventivamente na operação da Polícia Federal.
Os agentes também cumpriram mandados de busca e apreensão nos gabinetes de Ciro Nogueira e de Eduardo da Fonte. Os dois são investigados na Lava Jato por integrarem o quadrilhão do PP, que atuava para desviar dinheiro da Petrobrás. Os policiais ficaram mais 5 horas coletando provas nos escritórios.
Toda operação foi autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Edson Fachin. Ele, aliás, que também foi responsável por marcar para o próximo dia 8 de maio o julgamento da denúncia por organização criminosa e lavagem de dinheiro contra o ex-ministro Geddel Vieira Lima e o irmão dele, o deputado Lúcio Vieira Lima. Eles vão ser julgados na segunda turma da corte. Caso a denúncia seja aceita, os dois serão considerados réus pelo episódio do bunker de 51 milhões de reais.