A partir deste mês, os britânicos já podem comprar Viagra sem a necessidade de receita médica em farmácias do Reino Unido. No Brasil, no entanto, ainda é necessário apresentar o documento, embora seja possível comprar o medicamento sem a prescrição, pois a farmácia não precisa reter a receita.
As autoridades sanitárias britânicas anunciaram a decisão há alguns meses com a intenção de reduzir a venda ilegal do produto pela internet. Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária brasileira (Anvisa), o Viagra é um dos remédios mais falsificados do Brasil.
O sildenafila, comercializado com o nome de Viagra pela farmacêutica Pfizer, pode ajudar os homens com disfunção erétil a manter uma ereção para ter uma relação sexual satisfatória.
Mas como qualquer outra medicação, o Viagra pode trazer efeitos colaterais. Leia abaixo o que você deveria saber antes de comprar e provar as pílulas.
1 – Como funciona?
Para a ereção dar certo, o sildenafil, o componente do Viagra, precisa aumentar o fluxo sanguíneo até o pênis. Esse mesmo composto, embora em menor quantidade, também é usado em remédios que combatem a hipertensão pulmonar.
Segundo dados do NHS, o serviço de saúde do Reino Unido, ao menos dois terços dos homens que usam o medicamento dizem que ele
funciona e provoca ereção.
Em média, o remédio demora entre 30 e 60 minutos para fazer efeito em homens com disfunção erétil. Na bula do publicada no site da Anvisa, a empresa farmacêutica informa que um comprimido de 50 mg deve ser tomado em até uma hora antes da relação sexual. Já o serviço de saúde britânico afirma ser possível ter ereção ingerindo uma pílula até quatro horas antes.
“De acordo com a eficácia e tolerabilidade, a dose pode ser aumentada para um máximo recomendado de 100 mg ou diminuído para 25 mg. A dose máxima recomendada é de 100 mg. A frequência máxima recomendada de Viagra é de uma vez ao dia”, informa a Pfizer.
Porém, tomar apenas o remédio não é garantia de sucesso. É necessário também estímulo sexual para que o medicamento funcione bem. Por outro lado, informa a instituição britânica, a ereção deve desaparecer com o fim da relação sexual.
2 – Quem pode e quem não deve tomar Viagra?
O Viagra é recomendado apenas para homens maiores de 18 anos que tenham impotência, ou seja, pessoas que não conseguem ter ou manter uma ereção. Ele não é indicado para mulheres.
Os efeitos colaterais mais comuns são dores de cabeça, náuseas, ondas de calor e tontura, mas a maioria dos homens não sente nenhum problema.
Como regra geral, o medicamento deve ser evitado por homens que têm falta de ar ou dor no peito ao fazer exercícios leves, como subir poucos lances de escadas.
O sistema de saúde do Reino Unido e a Pfizer desaconselham o Viagra para as seguintes pessoas:
– doentes graves do coração ou do fígado;
– pacientes que tenham sofrido derrame há pouco tempo;
– homens com pressão baixa;
– pessoas com a doença retinite pigmentosa;
– pacientes em tratamento com medicamentos que contenham qualquer forma de óxido nítrico, nitratos orgânicos ou nitritos orgânicos.
É também recomendado consultar um médico antes de tomar o medicamento caso a pessoa esteja fazendo algum tratamento médico, ou tenha doenças como úlceras estomacais, hemofilia, leucemia ou anemia falciforme.
3 – Tomar Viagra pode ser perigoso?
Tomar sildenafil pode ser perigoso se o paciente também seguir um tratamento com medicamentos conhecidos como nitratos, normalmente prescritos para angina (dor no tórax), pois a combinação de ambos os componentes pode causar uma queda perigosa na pressão arterial.
O composto também não combina bem com o Adempas, um remédio para hipertensão pulmonar, nem com drogas de uso recreativo que tenham nitrito de amilo (um vasodilatador), como as chamadas “poppers”.
Segundo o NHS, não há estudos conclusivos sobre efeitos colaterais caso haja mistura de sildenafil com drogas como cocaína ou LSD, mas o órgão não recomenda o uso das substâncias ao mesmo tempo.
Por outro lado, o Viagra causa efeitos colaterais graves em menos de um a cada mil pacientes.
Recomenda-se que o paciente pare de tomar Viagra e consultar um médico nos seguintes casos:
– se sentir dor no peito;
– se tiver ereções prolongadas (mais de quatro horas) e às vezes dolorosas;
– caso exista uma perda repentina de visão;
– se houver uma reação cutânea grave, que pode ser acompanhada por febre, descamação da pele, inchaço e bolhas;
– caso sofra convulsões ou alergias.
4 – Existem tratamentos alternativos ao Viagra para impotência?
Há remédios que funcionam de maneira similar ao Viagra, como Cialis. Também existe um medicamento vasodilatador chamado Alprostadil, que ajuda a estimular o fluxo sanguíneo até o pênis. Ele é vendido como injeção e supositório. É recomendado uma consulta médica antes desse tratamento.
Por outro lado, há disfunções de ereção causadas por problemas endócrinos que podem ser tratados com hormônios masculinos injetáveis.
R7