Refrigerante, energético, chá ou até mesmo bebidas alcoólicas. Na produção de todos eles um profissional é indispensável para que esses e outros produtos cheguem ao público com segurança para o consumo, o químico. Em 18 de junho de 1956 foram criados os Conselhos Federais e Regionais de Química e a profissão foi regulamentada, e a data foi firmada como o Dia do Químico.
Na indústria de bebidas, a atuação de um químico vai desde a avaliação das matérias primas, passando pela condução do processo industrial até o controle de qualidade do produto final.
“Toda indústria de alimentos e bebidas baseia seu sucesso em entregar ao mercado um produto de qualidade e padronizado. O profissional da área busca estabelecer métodos e medições para que esse objetivo seja alcançado”, destaca a engenheira química e responsável técnica da unidade da Indústria São Miguel (ISM), em Alagoinhas, Isabela Carvalho, que está há oito anos na empresa.
Ainda de acordo com ela, a ideia principal do trabalho do químico é realizar o acompanhamento de produção para atender os requisitos de qualidade, mantendo, assim, o padrão do produto, além de evitar perdas por desvios desses padrões.
Refrigerantes
De acordo com uma reportagem do Conselho Federal de Química, no caso dos refrigerantes, por exemplo, tudo começa com o tratamento químico da água, já que ela não pode ser usada in natura, da maneira como é consumida normalmente. Depois, o açúcar é transformado em xarope e recebe adição dos demais ingredientes. É o controle físico-químico dos ingredientes que define se está tudo certo para as próximas etapas do processo: a gaseificação e envase.
Segundo Isabela Carvalho, o profissional químico está apto a trabalhar nos setores de controle de qualidade (atuando para cumprimento dos padrões estabelecidos); investigação e desenvolvimento (atuando no desenvolvimento de novos produtos, na busca por tecnologias inovadoras e por soluções para atender a demanda de mercado (escassez de insumos, redução de açúcar, incremento de vitaminas, por exemplo).