Em protesto contra a reforma administrativa proposta pelo governador da Bahia, Rui Costa, servidores estaduais quebraram a porta de vidro da entrada do plenário da Assembleia Legislativa do Estado (Alba) e invadiram o local, na tarde desta segunda-feira (11). O clima ficou tenso no prédio, localizado no Centro Adminitrativo da Bahia
O objetivo dos manifestantes era fazer com que a pauta fosse retirada da sessão desta segunda, que foi suspensa após a invasão do plenário. Sem um acordo com oposição e servidores, o presidente da Alba, Ângelo Coronel (PSD), chegou a anunciar que faria a votação em outro local da casa, já que o plenário estava ocupado pelos manifestantes.
No entanto, por volta das 17h10, ele voltou atrás e anunciou que a sessão estava encerrada e que as pautas, inclusive a votação da reforma administrativa, serão retomadas na quarta-feira (12). Parte dos servidores decidiu dormir no local.
Dos 63 parlamentares, 49 estavam presentes no plenário nesta terça. Outros 14 não compareceram.
Participam da manifestação, integrantes do Sindicato dos Policiais Civis da Bahia (Sindpoc), do Sindicato dos Médicos da Bahia ( Sindimed/BA) e do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB).
Com faixas e cartazes, parte do grupo se concentra em frente à Alba, enquanto algumas pessoas entraram no plenário.
Os manifestantes pedem a recusa do projeto na Alba. Os servidores temem demissões, além de diminuição de salários e perda de direitos.
Em nota, a Secretaria de Comunicação do governo informou que o projeto de lei não reduz salário de qualquer categoria dos servidores públicos e nem representa perdas de direitos adquiridos.
No entanto, ainda segundo a nota, o estado diz que “diante de um cenário de aguda crise financeira no país, o governo entende não ser pertinente reajuste salarial igual ao concedido aos ministros do Supremo Tribunal Federal. Os casos em que as ações estão transitadas e julgadas serão cumpridos rigorosamente respeitando a Lei”.