** Com menos empresas sendo criadas ou voltando à atividade e com um leve aumento na mortalidade, entre 2015 e 2016, total de unidades empresariais no estado caiu 0,6% (-1.262), chegando a 224.976;
** Ainda assim, 84,0% das empresas se mantiveram ativas na Bahia, entre 2015 e 2016, uma taxa de sobrevivência quase igual à média do Nordeste (83,9%), embora um pouco abaixo da média nacional (85,5%);
** Comércio; alojamento e alimentação; e saúde e serviços sociais são as atividades em que mais nascem empresas na Bahia;
** Mortalidade de empresas baianas é maior no comércio, na construção e na indústria de transformação.
Não é apenas o número de nascimentos de pessoas que vem caindo na Bahia. A taxa de natalidade de empresas no estado também recua seguidamente desde 2013 e chegou, em 2016, ao seu menor patamar: 11,0%, o que significou o nascimento de 24.809 novas unidades de empresas, naquele ano.
Em relação a 2010, quando a Bahia teve seu pico na criação de novas empresas, 40.761, representado uma taxa de nascimentos de 17,6%, a natalidade empresarial caiu cerca de 40% (-39,1%).
Em 2016, a taxa de nascimentos de unidades locais de empresas na Bahia (11,0%) foi a 11ª mais baixa, ficando um pouco menor que a média do Nordeste (11,4%) e um pouco acima da média Brasil (10,5%). Dentre os estados nordestinos, foi a terceira menor, acima apenas do Ceará (10,8%) e do Piauí (10,1%).
Em 2016, atuavam na Bahia 224.976 unidades locais de empresas, 0,6% menos que as 226.238 de 2015. Isso significa que, em um ano, o balanço foi de menos 1.262 empresas no estado.
Além da baixa taxa de nascimento de novas unidades, o saldo negativo na Bahia foi resultado também de um pequeno aumento na mortalidade de empresas, ou seja, de um maior número de unidades locais que fecharam as portas. Além disso, também caiu a reentrada de empresas no mercado baiano, ou seja, menos unidades empresariais voltaram a funcionar depois de até dois anos de inatividade.
De 2015 para 2016, 37.206 empresas encerraram suas atividades na Bahia (ou “morreram”), 328 a mais que em 2015 (+0,9%), o que levou a uma taxa de mortalidade de 16,5% em 2016, ligeiramente superior à do ano anterior (16,3%).
Embora essa taxa de mortalidade de empresas na Bahia tenha sido um pouco maior que a média nacional (15,9%), ficou levemente abaixo da do Nordeste (16,7%) e foi a 12ª mais baixa.
Em 2016 também caiu a reentrada de empresas no mercado baiano. Elas somaram 11.165 unidades locais, 1.810 a menos que em 2015, numa taxa de 5,0%, frente a 5,7% no anterior.
Na Bahia, 8 em cada 10 empresas sobreviveram entre 2015 e 2016
Apesar do saldo negativo de empresas no estado, entre 2015 e 2016, a taxa de sobrevivência empresarial nesse período de um ano ficou em 84,0%, quase igual à média do Nordeste (83,9%), ainda que um pouco abaixo da média nacional (85,5%).
Santa Catarina (87,9%), Rio Grande do Sul (87,5%), Minas Gerais e Paraná (86,5% cada um) foram os estados com as maiores taxas de sobrevivência de empresas entre 2015 e 2016.
A relativa estabilidade na dinâmica empresarial baiana (natalidade, mortalidade e reentrada) se aproxima da realidade de estados do Sul e Sudeste do país, como Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná, Minas Gerais e São Paulo. Só que, em geral, estes têm parque empresarial bem mais numeroso que a Bahia, que era, em 2016, apenas o 7º estado do país em total de unidades locais empresariais. São Paulo (com 1.476.777 unidades), Minas Gerais (com 529.921) e Rio Grande do Sul (com 413.258) lideravam.
Na Bahia, natalidade de empresas é maior nas atividades de comércio; alojamento e alimentação; e saúde e serviços sociais
Em 2016, na Bahia, nasceram mais empresas nos segmentos de Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (com 11.813 novas unidades em relação a 2015); Alojamento e alimentação (1.709); e Saúde humana e serviços sociais (1.627).
Juntas, essas três atividades responderam por 6 em cada 10 empresas novas (61,1%) que surgiram em 2016 no estado. Entretanto, como estão também entre os ramos com maiores totais de unidades empresariais, suas taxas de natalidade são relativamente mais baixas.
As maiores taxas de nascimento foram verificadas justamente em segmentos que têm menos empresas, nos quais os nascimentos mesmo de poucas novas unidades têm um impacto maior em termos percentuais: Artes, cultura, esporte e recreação (com 366 novas empresas em 2016, numa taxa de natalidade de 15,8%); Atividades imobiliárias (405 novas empresas, e uma taxa de 15,2%); e Atividades profissionais, científicas e técnicas (1.532 nascimentos, numa taxa de 15,1%).
Por outro lado, os segmentos em que nasceram menos novas empresas, na Bahia, em 2016, foram Administração pública, defesa e seguridade social (com mais 2 unidades locais); Eletricidade e gás (31); e Água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e descontaminação (61)
Mortalidade de empresas baianas é maior no comércio, na construção e na indústria de transformação
O comércio, que lidera em termos de números de unidades empresariais na Bahia, com 118.452 em 2016, o que equivalia a mais da metade de todas as empresas baianas (52,7%), é também o segmento empresarial que tem maior dinamismo demográfico no estado. Além de ter mais nascimentos de novas unidades tem também o maior números de “mortes” de empresas.
Entre 2015 e 2016, 19.726 unidades empresariais da atividade de Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas fecharam as portas na Bahia. O setor representou, sozinho, 53,0% da mortalidade empresarial no estado em 2016.
Em termos absolutos, vieram em seguida os segmentos de Construção (com o encerramento de 2.263 unidades empresariais em um ano) e as Indústrias de transformação (menos 2.258 empresas).
Em termos proporcionais, o setor de construção foi o mais afetado. Sua taxa de mortalidade entre 2015 e 2016 foi a maior no estado: 23,7%. Em seguida, vieram as atividades de Artes, cultura, esporte e recreação (encerramento de 519 unidades empresariais entre 2015 e 2016, uma taxa de mortalidade de 22,4%) e Eletricidade e gás (morte de 51 empresas, numa taxa de 21,0%).