Desde 2011, o Ministério da Saúde em parceria com a Fundação Bill & Melinda Gates e National Institutes of Health já investiu R$ 31,5 milhões no método Wolbachia – bactéria transferida da mosca-da-fruta para os ovos do Aedes aegypti por um procedimento chamado microinjeção. Ao penetrar no interior da célula, a Wolbachia estabelece uma presença estável em vários tecidos do mosquito.
Os ovos do Aedes aegypti com Wolbachia foram trazidos ao Brasil da Austrália, com autorização do IBAMA. A partir deles, eclodiram pupas que se tornaram mosquitos adultos utilizados para o estabelecimento de uma colônia brasileira de Aedes aegypti com Wolbachia, em condições de laboratório na Fiocruz.
As primeiras liberações dos mosquitos Aedes aegypti com a bactéria Wolbachia no Brasil ocorreram em 2015 nos bairros de Jurujuba em Niterói e Tubiacanga na Ilha do Governador ambos no estado do Rio de Janeiro. Esse método é considerado pelo Ministério da Saúde como algo inovador, autossustentável e complementar às demais ações de prevenção ao mosquito.
Algumas instituições estaduais desenvolveram aplicativos para alertar sobre o Aedes aegypti, como a Empresa de Processamento de Dados do Amazonas (Prodam), que criou o game Pega Mosquito, pelo qual o jogador cumpre tarefas para combater os criadouros do mosquito.
O Governo do Estado da Bahia desenvolveu por meio da Companhia de Processamento de Dados do Estado da Bahia (Prodeb) o aplicativo Caça Mosquito, que visa mapear por meio de geolocalização, a partir do GPS do celular, as zonas com focos do Aedes aegypti. Sem precisar revelar a identidade, os usuários podem enviar fotos dos locais com possíveis criadouros do mosquito, para que as informações coletadas sejam transmitidas para os órgãos competentes.
Fontes:
Aplicativo Caça Mosquito. Governo do Estado da Bahia, 2019. Disponível em: http://www.saude.ba.gov.br/temasdesaude/arboviroses/aplicativo-caca-mosquito/. Acesso em 2 de agosto de 2019.
Aplicativo “Pega Mosquito” ajuda a população a combater o criadouro do Aedes aegypti. Prodam, 2016. Disponível em: http://www.amazonas.am.gov.br/2016/10/aplicativo-pega-mosquito-ajuda-a-populacao-a-combater-o-criadouro-do-aedes-aegypti/. Acesso em 2 de agosto de 2019.
Bote a dengue pra correr. Prefeitura São José dos Campos. Disponível http://servicos2.sjc.sp.gov.br/noticias/noticia.aspx?noticia_id=23159. Acesso em 27 de setembro de 2019.
CAMBRICOLI, Fabiana. O Estadão de S. Paulo. Prefeitura de São Paulo vai usar drones contra a dengue. Disponível em:
https://saude.estadao.com.br/noticias/geral,prefeitura-de-sao-paulo-vai-usar-drones-contra-a-dengue,10000002334. Acesso em 27 de setembro de 2019.
IAEA Conducts Successful Test of Drones in Fight Against Disease-Transmitting Mosquitos. Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), 2018. Disponível em:
https://www.iaea.org/newscenter/pressreleases/iaea-conducts-successful-test-of-drones-in-fight-against-disease-transmitting-mosquitos. Acesso em 2 de agosto de 2019.
Tecnologia “blindará” mosquito contra dengue em teste de cidades com até 1,5 milhão de habitantes. Ministério da Saúde, 2019. Disponível em:
http://www.saude.gov.br/noticias/agencia-saude/45364-tecnologia-blindara-mosquito-contra-dengue-em-teste-de-cidades-com-ate-1-5-milhao-de-habitantes. Acesso em 2 de agosto de 2019.
Sobre a Wolbachia. Eliminate Dengue, 2019. Disponível em http://www.eliminatedengue.com/brasil/wolbachia. Acesso em 27 de setembro de 2019.
WPM Brasil. World Mosquito Program, 2019. Disponível em: http://www.eliminatedengue.com/brasil. Acesso em 2 de agosto de 2019.
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