— Não é um movimento investigativo; é político, para desmoralizar o governo. Lamento ter de dizer que é violação dos direitos constitucionais. O tratamento que me dão é indigno. Estou sendo vilipendiado.
Ainda segundo o presidente, os inquéritos são prorrogados por “mais e mais tempo na tentativa de alcançar o presidente da República”, mas que nunca houve provas de irregularidades.
— Vão buscar coisas já arquivadas, de 1998. Encontraram um documento não sei onde, de não sei quantos anos atrás e querem saber o que o Temer tem a ver com isso. O Brasil está neste tom. É insuportável. Mas isso não paralisa o governo não; pelo contrário.
O presidente disse ainda que não tem preocupações com a quebra de seu sigilo bancário ou telefônico.
— Não me incomodo; é indevido, mas não vou recorrer. Podem ver minhas modestíssimas contas bancárias. Tenho 50 anos ou mais de serviço e como patrimônio coisa mínima. Não tenho fazendas, empresa, casa de praia, casa de campo.
Em março, a PF (Polícia Federal) solicitou a quebra do sigilo telefônico do presidente Michel Temer, e dos ministros da Casa Civil, Eliseu Padilha (MDB), e de Minas e Energia, Moreira Franco (MDB) ao Supremo Tribunal Federal. No entanto, nesta quinta-feira (7), o ministro do STF Edson Fachin negou o pedido em relação ao sigilo telefônico do presidente.
— É um desplante, mas fiquem à vontade. Podem repastar-se. Mas isso não pode continuar assim. Se me permitem uma expressão grosseira, digo que vão quebrar a cara [sobre pedido da Polícia Federal de quebra de sigilo telefônico, referente a 2014]. Podem olhar tudo; verifiquem com quem eu falei.
O presidente ainda disse que as coisas positivas feitas pelo governo costumam não ser atribuídas a ele.
— A área economia caiu do céu? Não. Havia um presidente preocupado com a recuperação do país que trouxe essas pessoas para o governo. Fizemos a reforma do ensino médio, criamos a maior reserva marinha do mundo, melhoramos a saúde; não foi só na economia que atuamos.
R7