Mesmo após a lei que garantiu todos os direitos trabalhistas às domésticas, em outubro de 2015, 70% delas trabalham de forma informal. Quando passou a ser obrigatório o recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, as domésticas sem carteira assinada passaram de 4,2 milhões, para 4 milhões, segundo dados do IBGE.
Segundo especialistas, a implementação da lei coincidiu com o início da recessão, impedindo a contratações de muitas dessas trabalhadoras.
Faz um ano que a parcela de domésticas sem carteira assinada ultrapassou a casa dos 70% pela primeira vez desde 2012, ano do início da série histórica, e, desde então, não deixou mais este patamar.
Ao mesmo tempo, o número de trabalhadoras com carteira assinada caiu. Com uma renda menor, os brasileiros também passaram a assumir tarefas domésticas, impactando no número de contratações formais destas profissionais. A taxa subiu de 81% para 84,5% entre 2016 e 2017, de acordo com o IBGE.