O Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS), órgão vinculado à Secretaria Municipal da Saúde, segue o trabalho de investigação dos dois óbitos com sintomas de doença infecciosa registrados no início de fevereiro na comunidade de Muribeca, em São Tomé de Paripe.
Desde o surgimento do primeiro episódio na localidade, técnicos do órgão iniciaram a busca ativa de pacientes com o mesmo quadro sintomático na comunidade. No total, nove pessoas foram identificadas com sintomas de febre, tontura e dor no tórax. Exames preliminares constataram dois diagnósticos laboratoriais confirmados para dengue, um para chikungunya e outro para zika. Além disso, um paciente foi diagnosticado com cálculo na vesícula.
“Seguimos com as investigações das possíveis causas das infecções a esclarecer identificadas na localidade de Muribeca. Realizamos exames laboratoriais para arboviroses e leptospirose, a análise da água dos reservatórios onde alguns garotos usaram para o banho e não foi evidenciado potenciais risco para sua utilização. Seguimos monitorando o local e não houve o registro de novos episódios até então”, informou Cristiane Cardozo, coordenadora do CIEVS.
Agentes de combate às endemias também intensificaram o trabalho de controle do Aedes no bairro com visita casa a casa, drenagem de um córrego com auxílio de técnicos da Secretaria de Meio Ambiente e o bloqueio vetorial com aplicação de inseticida. No último sábado (29), a SMS promoveu uma feira de saúde na localidade com ofertar de consultas e serviços médicos para os moradores.
Investigação dos óbitos – Os exames laboratoriais realizados para dengue, zika, chikungunya, febre amarela, leptospirose e meningites nos dois pacientes que evoluíram para óbito em Muribeca apresentaram resultados negativos. Amostras biológicas dos dois jovens foram coletadas pelo Instituto Médico Legal (IML), porém ainda em análise pelo órgão.