Com a grande demanda, fuja dos produtos que não citam sua procedência e dos riscos da produção caseira.
Diante do cenário de pandemia, materiais como máscaras, luvas, álcool em gel tiveram um crescimento nas vendas de mais de 3000%. Para atender essa demanda, o governo tem feito concessões, e entre os autorizados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) para também produzir o tão buscado álcool gel, estão as farmácias de manipulação e também as empresas de cosméticos. Entretanto, diante de tantas opções como saber qual produto vai realmente proteger sua família e atender suas necessidades?
“A olho nu você não consegue notar diferença”, explica a farmacêutica e fundadora da Singular Pharma, Edza Brasil. “Entretanto, todo produto precisa ter os dados de quem produziu, inclusive, seu responsável técnico. Um produto que não tenha esses dados, já deve ser eliminado”, orienta.
Outro fator a ser observado durante a escolha é qual o tipo de álcool gel você está comprando, o produto para limpar superfícies ou aquele para limpeza das mãos? Entre as diferenças de sua fórmula, no produto feito para uso nas mãos e pele contem hidratantes que ajudam a preservar a saúde da pele já que o álcool tem o poder de ressecar.
Para comprar um produto de qualidade, a farmacêutica dá dicas: “Compre em locais de confiança, farmácias, farmácias de manipulação, locais onde exista uma nota fiscal do seu produtor. As farmácias (com exceção das que vendem produtos próprios) são as distribuidoras e, portanto, precisam ter a nota fiscal”.
Produção caseira
Com o poder de inativar o vírus, o álcool em gel tem sido um aliado prevenção contra o novo Coronavírus. Entretanto, “se não fabricado corretamente é o mesmo que não lavar as mãos corretamente, seu poder anti-séptico fica comprometido” explica Edza.
Diante da escassez do produto no mercado, muitas pessoas têm recorrido à produção caseira do produto, mas essa prática além de perigosa é ilegal, já que o álcool absoluto (o indicado para a produção da sua versão em gel) é altamente inflamável e foi proibido de ser vendido em supermercados, estando sua disponibilidade limitada apenas a empresas que podem operar esse tipo de produto. Além disso, a fabricação caseira não conta com as ferramentas necessárias para assegurar que o que está sendo feito será realmente efetivo em inativar o vírus.