A idade avançada ou problemas de saúde representam um risco para pacientes que precisam passar por cirurgias cardíacas. Para resolução desses casos, há dispositivos que podem ser implantados de forma menos invasiva. Um exemplo é o clipe mitral. “Esse dispositivo é utilizado para tratar uma doença chamada insuficiência mitral, que afeta uma das válvulas do coração”, explicou o cardiologista do Hospital da Bahia Marcelo Góes. “O clipe mitral normalmente é usado em pessoas de mais idade, porque o método tradicional para tratamento, que é a cirurgia, tem melhores resultados em pessoas mais jovens. No entanto, muitas pessoas mais velhas não suportam o processo cirúrgico”, acrescentou. De acordo com o profissional, o clipe mitral é implantado a partir de uma técnica chamada percutânea e corrige a regurgitação mitral, um problema que dificulta o bombeamento de sangue. “Existem dois tipos de insuficiência mitral. Um é chamado de doenças degenerativas da válvula mitral, que acometem os tecidos que compõem a válvula e causam deformação. Isso é mais comum com o avanço da idade. Existe também insuficiência mitral funcional, quando a válvula ou o anel da válvula mitral se dilata e passa a não fechar normalmente”, pontuou sobre a doença. O dispositivo esteve em desenvolvimento durante mais de uma década. No Brasil, foi liberado em dezembro de 2014 pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
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