A escola pública funciona não só como um passaporte para um futuro melhor, em especial para populações mais pobres em um país como o Brasil, mas também como uma verdadeira estrutura que permite e facilita o trabalho para toda a família do aluno
É colocando a criança na escola que a mãe e o pai podem ir ao trabalho, e muitas vezes a comida que a escola oferece é das poucas (ou mesmo a única) refeição que o aluno fará no dia.
Quando uma escola em Salvador anunciou que os almoços seriam descontinuados, o desespero tomou conta do aluno Matheus, de 18 anos, por um motivo dramático: sua família estava passando por sérias dificuldades financeiras, estando sem comida em casa. O desespero, porém, se transformou em emoção e esperança, quando seus colegas decidiram lhe ajudar.
Matheus revelou aos seus colegas, diante da notícia, que vinha deixando de comer em casa e contando com as refeições na escola para que seus irmãos pudessem se alimentar.
O almoço escolar era, portanto, sua principal refeição. Diante da situação do amigo, um grupo de 30 alunos se reuniu e comprou comida e produtos de higiene para Teco (apelido de Matheus) – que se pôs em lágrimas quando viu a mesa repleta de doações. O sentimento, segundo o jovem, era de amor e gratidão – mas a ajuda não parou por aí.
O grupo criou um um perfil no instagram, intitulado @todosporteco, que já conta com 20 mil seguidores, para recolher mais ajudas, e através de uma postagem, confirmaram que a iniciativa não será um gesto isolado. “Vamos fazer isso todo mês”, diz a legenda de um dos posts. Além de recolher doações, o grupo criou uma vaquinha para ajudar a família de Matheus a reduzir suas dívidas. O jovem vive com a mãe e dois irmãos e a mãe, que trabalha como faxineira mas atualmente está desempregada.
R7