** Em setembro, o número de pessoas trabalhando na Bahia mostrou seu primeiro crescimento estatisticamente significativo desde maio, chegando a 4,973 milhões de pessoas, com mais 93 mil pessoas ocupadas em um mês;
** Esse aumento absoluto na população ocupada (+93 mil) foi o segundo maior entre os estados, abaixo apenas do verificado em São Paulo (+130 mil pessoas);
** De agosto para setembro, 9 das 12 atividades econômicas tiveram saldo positivo de trabalhadores na Bahia, puxadas pelo comércio (+51 mil ocupados);
** Apesar das sinalizações positivas do mercado de trabalho, a desocupação na Bahia teve novamente a maior alta absoluta do país, com mais 135 mil desocupados entre agosto e setembro;
** Assim, a taxa de desocupação no estado voltou a subir (de 18,1% para 19,6%) e se manteve a maior do Brasil em setembro, com 1,2 milhão de pessoas procurando trabalho;
** Em setembro, cerca de 800 mil deixaram o isolamento na Bahia e 1 em cada 3 pessoas fez pouca ou nenhuma restrição ao contato social. Ainda assim, estado tinha o 2o maior percentual de população em isolamento (64,4%);
** Percentual de estudantes sem atividades escolares na Bahia caiu pouco de agosto (33,9%) para setembro (32,8%) e passou de 3o a 2o maior do país;
** Em setembro, 1 em cada 10 pessoas na Bahia já tinha feito teste para Covid-19 (10,2%); e 2 em cada 100 pessoas no estado tiveram resultado positivo (2,0%);
** Número de pessoas com ao menos um sintoma de gripe na Bahia seguiu em queda em setembro, chegando a 769 mil (5,2% da população);
** Esses são alguns dos resultados da PNAD COVID19, uma versão da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC), realizada pelo IBGE, desde maio, com apoio do Ministério da Saúde.
Em setembro, o número de pessoas trabalhando (população ocupada) na Bahia mostrou seu primeiro crescimento estatisticamente significativo desde maio. Passou de 4,887 milhões em agosto para 4,973 milhões de pessoas de 14 anos ou mais de idade no mês passado (+1,9%), o que representou mais 93 mil pessoas trabalhando.
Esse aumento absoluto (+93 mil trabalhadores) foi o segundo maior entre os estados, abaixo apenas do verificado em São Paulo, onde a população ocupada cresceu em 130 mil pessoas de agosto para setembro (+0,7%), chegando a 20 milhões de trabalhadores no mês passado.
Com o maior número de pessoas trabalhando, o nível da ocupação (percentual de pessoas de 14 anos ou mais de idade que trabalham) voltou a crescer na Bahia e chegou a 41,4% em setembro.
Apesar da melhora, o indicador ainda não atingiu o patamar de maio (42,9%), e o número de trabalhadores no estado ainda está abaixo do existente naquele mês (5,1 milhões de pessoas ocupadas).
De agosto para setembro, 9 das 12 atividades econômicas têm saldo positivo de trabalhadores, puxadas pelo comércio (+51 mil ocupados)
A alta na população ocupada na Bahia foi puxada pelo comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas. O segmento teve os maiores crescimentos absoluto e relativo no número de trabalhadores entre agosto e setembro e respondeu por mais da metade dos novos postos de trabalho nesse período.
No mês passado, o comércio tinha 919 mil trabalhadores na Bahia, o maior número desde maio. Esse contingente cresceu 5,8% frente a agosto, o que significou mais 51 mil pessoas trabalhando no setor, em um mês.
Mas a passagem de agosto para setembro viu a população ocupada crescer em quase todas as atividades na Bahia: houve aumento do número de trabalhadores em 9 dos 12 segmentos pesquisados.
Além do comércio, tiveram altas importantes também os setores de construção (+16 mil pessoas ocupadas entre agosto e setembro) e a indústria de transformação (+15 mil trabalhadores).
Apenas serviços domésticos (menos 11 mil trabalhadores, -4,3%) e outras atividades (menos 13 mil pessoas, -35,3%) seguiram com redução nas suas populações ocupadas. Administração pública, defesa e seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais mostrou estabilidade.
Outro ponto positivo da retomada da ocupação em setembro, na Bahia, foi o aumento estatisticamente significativo no número de pessoas empregadas com carteira assinada.
No mês passado, 1,433 milhão de pessoas que trabalhavam no estado (28,8% do total) tinham carteira assinada, num aumento de 3,4%, ou 47 mil empregados com carteira a mais, em relação a agosto. Tanto o número de empregados com carteira quanto sua participação no total de trabalhadores baianos atingiu, em setembro, seus maiores patamares desde maio.
O número de trabalhadores por conta própria também voltou a crescer na Bahia, em setembro, após ter caído mês a mês desde maio. Chegou a 1,501 milhão de pessoas no mês passado (30,2% dos ocupados no estado), 3,1% a mais do que em agosto, o que representou mais 45 mil pessoas trabalhando nessa condição.
O avanço da ocupação fez a taxa de informalidade voltar a mostrar tendência de alta no estado. Depois de seguidas variações para baixo desde maio, ela chegou a 46,4% das pessoas ocupadas em setembro. Isso significa que 2,310 milhões de trabalhadores baianos eram informais (empregados do setor privado ou trabalhadores domésticos sem carteira assinada; empregadores ou trabalhadores por conta própria que não contribuíam para o INSS; ou trabalhadores não remunerados em ajuda a morador do domicílio ou parente).
Entre agosto e setembro, o número de trabalhadores que estavam afastados de suas atividades profissionais por causa da necessidade de isolamento imposta pela pandemia da Covid-19 seguiu em queda e chegou a 209 mil pessoas na Bahia, representando 4,2% dos ocupados no estado.
A adoção do trabalho remoto também mostrou leve recuo. Em setembro, na Bahia, 294 mil pessoas ocupadas estavam em home office (5,9% do total).
Desocupação na Bahia tem novamente a maior alta absoluta do país, e 1,2 milhão de pessoas procuraram trabalho em setembro
Apesar de o mercado de trabalho baiano ter mostrado sinais positivos em setembro, a desocupação (busca por trabalho) no estado avançou ainda mais no mês. Com isso, a taxa de desocupação (percentual de pessoas procurando emprego em relação às que estavam na força de trabalho) cresceu novamente, indo a 19,6% (havia sido de 18,1% em agosto) e se manteve a maior do país.
Isso ocorreu porque, em relação a agosto, o aumento do número de pessoas ocupadas, ou seja trabalhando (+93 mil), foi inferior ao aumento no número de pessoas desocupadas, ou sejam que procuraram trabalho e não encontraram. Esse grupo cresceu 12,5%, passando de 1,078 milhão para 1,213 milhão, o que representou, em um mês, mais 135 mil pessoas.
Assim como já havia ocorrido mês anterior, na passagem de agosto para setembro, a Bahia teve o maior aumento absoluto do país no número de pessoas procurando trabalho (+135 mil).
O contínuo aumento no número de pessoas desocupadas tem relação com a nova queda registrada no número de pessoas que não estavam trabalhando, queriam trabalhar, mas nem chegaram a procurar emprego por causa da pandemia ou por não haver oportunidades onde viviam.
Pela primeira vez desde maio, esse grupo, cuja busca por trabalho é impactada diretamente pela Covid-19, ficou abaixo dos 2 milhões na Bahia. Chegou a 1,891 milhão de pessoas em setembro, numa redução de 12,5% em relação a agosto, o que representou menos 270 mil pessoas nessa situação, em um mês.
Ainda assim, o contingente se manteve como segundo maior do país, abaixo apenas de São Paulo, onde 2,640 milhões de pessoas queriam trabalhar, mas nem chegaram a procurar por causas relacionadas à pandemia.
De agosto para setembro, proporção de trabalhadores com redução salarial na Bahia cai pra 29,6%, mas ainda é a maior do país
Em setembro o percentual de trabalhadores que tiveram redução no que de fato receberam (rendimento efetivo) comparado ao que costumavam receber (rendimento habitual) seguiu em queda na Bahia e ficou em 29,6%, ou seja 1,438 milhão de pessoas.
Esse contingente tinha sido de cerca de 2,1 milhões de pessoas em maio e junho, representando naquele momento pouco mais de 4 em cada 10 trabalhadores baianos. Apesar disso, o estado ainda tinha em setembro o maior percentual de trabalhadores com redução de rendimento do país.
A redução média no rendimento de trabalho na Bahia, em setembro, foi de 10,8%. Habitualmente, os trabalhadores no estado tinham um rendimento médio mensal de R$ 1.686, mas receberam efetivamente R$ 1.504 (menos R$ 183).
Em setembro se manteve estável, em 58,8%, a proporção de domicílios em que pelo menos uma pessoas recebia algum tipo de auxílio emergencial por causa da pandemia da Covid-19. Em números absolutos, 2,862 domicílios foram atendidos no estado.
A Bahia se manteve, em setembro, com o 3o maior contingente de domicílios recendo o auxílio emergencial e o 8o percentual.
Em setembro, cerca de 800 mil deixam isolamento na Bahia e 1 em cada 3 pessoas fez pouca ou nenhuma restrição ao contato social
De agosto para setembro, 803 mil pessoas deixaram o isolamento social na Bahia. A queda foi mais expressiva entre quem estava rigorosamente isolado, grupo que se reduziu em 19,2%, passando de 3,977 milhões para 3,214 milhões de pessoas (menos 763 mil em um mês). O número de pessoas que ficavam em casa e só saíam por necessidade também caiu, mas bem menos (-0,6%), de 6,436 milhões para 6,396 milhões de pessoas (menos 40 mil).
Por outro lado, o grupo que flexibilizou o isolamento, ou seja, que tinha contato reduzido, mas saía de casa e encontrava pessoas, cresceu 17,7%, passando de 4,310 milhões em agosto para 5,071 milhões em setembro (mais 761 mil pessoas).
Já aqueles que não faziam nenhum restrição chegaram a 214 mil pessoas, frente a 151 mil em agosto, um aumento de 63 mil pessoas, que representou uma taxa de crescimento de 41,9%.
Assim, em setembro pouco mais de 1 em cada 3 pessoas na Bahia já não seguia o isolamento social (35,4% da população ou 5,285 milhões de pessoas), percentual que havia sido de 29,9% em agosto.
Apesar da flexibilização, a Bahia continuava entre os estados com maior proporção da população em algum nível de isolamento: 42,9% das pessoas só saíam de casa para necessidades básicas (4 em cada 10) e 21,5% afirmavam estar rigorosamente isoladas (1 em cada 5). Somados os dois grupos, chegava-se a pouco mais de 6 em cada 10 pessoas, 64,4% da população baiana, o segundo maior percentual entre os estados, abaixo apenas do verificado em Sergipe (65,2%).
No outro extremo, em setembro, os estados com menor adesão ao isolamento social eram Amazonas (42,9% da população), Pará (50,2%) e Santa Catarina (52,1%).
Proporção de estudantes sem atividades escolares na Bahia cai pouco de agosto (33,9%) para setembro (32,8%) e passa de 3a a 2a maior do país
Entre agosto e setembro, na Bahia, o percentual de estudantes que não tiveram nenhuma atividade escolar disponibilizada praticamente não mudou e passou de terceiro a segundo maior do país.
Seis meses após o fechamento das escolas por causa da pandemia da Covid-19, 32,8% ou 1 em cada 3 pessoas que frequentavam escola no estado não teve nenhuma tarefa escolar, totalizando 1,2 milhão de estudantes nessa situação.
Nesse indicador, a Bahia só ficou melhor que o Pará, onde 45,4% dos estudantes não tiveram atividades escolares em setembro.
Em relação a agosto, quando 33,9% dos estudantes na Baia não tiveram atividades escolares, a situação pouco mudou. O número daqueles sem atividades se reduziu em apenas 37 mil pessoas.
No Brasil como um todo, 14,5% das pessoas que frequentavam escola não tiveram atividades disponibilizadas em setembro. Em Santa Catarina (3,7%), Paraná (4,0%) e Mato Grosso do Sul (5,0%) estavam os menores percentuais. Em 11 dos 27 estados, menos de 10% dos estudantes estavam nessa situação, e 15 unidades da Federação registraram percentuais abaixo da média nacional.
Na Bahia, não ter tarefas escolares era uma situação mais frequente entre os estudantes mais velhos (43,4% dos que tinham entre 17 e 29 anos de idade não tiveram tarefas disponíveis); no ensino médio (49,6% dos estudantes nesse nível não tiveram atividades); entre os estudantes pretos ou pardos (34,4% ficaram sem atividades); e entre aqueles na faixa de rendimento domiciliar per capita mais baixa (38,8% dos que tinham renda domiciliar per capita até 1/2 salário mínimo não tiveram atividades).
Em setembro, 1 em cada 10 pessoas na Bahia já tinha feito teste para Covid-19; e 2 em cada 100 pessoas tiveram resultado positivo
Até setembro, 10,2% da população baiana havia feito algum tipo de teste para detectar a Covid-19, o que representou um total de 1,526 milhão de pessoas. Esse número seguiu crescendo frente ao mês anterior, com mais 234 mil pessoas testadas (+18,1%), embora num ritmo bem menor do que o verificado na passagem de julho para agosto (+41,8%).
O percentual de testados na Bahia até setembro (10,2%) ficou próximo do verificado no país como um todo (10,4% ou 21,9 milhões de pessoas) e foi o 12o entre as 27 unidades da Federação, empatado com Rio de Janeiro e Amazonas.
O Distrito Federal (22,2%) se manteve com a maior proporção de testados, seguido por Piauí (17,0%) e Goiás (16,0%). Por outro lado, Pernambuco seguiu com o menor percentual (6,8%), atrás de Acre (6,9%) e Minas Gerais (7,8%).
Na Bahia, dos 1,5 milhão que informaram ter sido testados para a Covid-19 até setembro, 301 mil (19,4%) tiveram resultado positivo, o que representou 2,0% de toda a população do estado. Este percentual foi o 20o entre as 27 unidades da Federação.
Roraima (7,5%), Amapá (6,8%) e Distrito Federal (5,0%) tiveram os maiores percentuais da população com teste positivo para a doença. Minas Gerais (1,2%) Rio Grande do Sul (1,4%), Pernambuco (1,4%) e Paraná (1,4%), os menores.
No Brasil como um todo, 2,3% da população havia testado positivo para a Covid-19 até setembro, o que representou 4,8 milhões de pessoas, 21,9% das que informaram ter realizado algum teste.
Número de pessoas com ao menos um sintoma de gripe cai para 769 mil na Bahia (5,2% da população)
Em setembro, na Bahia, 769 mil pessoas, ou 5,2% da população, apresentaram pelo menos 1 dos 12 sintomas associados à síndrome gripal investigados pela PNAD COVID19 (febre, tosse, dor de garganta, dificuldade para respirar, dor de cabeça, dor no peito, náusea, nariz entupido ou escorrendo, fadiga, dor nos olhos, perda de olfato ou paladar e dor muscular).
O número de pessoas com algum sintoma no estado seguiu em queda, mas se manteve como o terceiro maior do país, atrás dos registrados em São Paulo (2,1 milhões de pessoas, 4,4% da população) e Minas Gerais (1,1 milhão de pessoas ou 5,1% da população).
No Brasil como um todo, em setembro, 9,2 milhões de pessoas apresentaram ao menos um sintoma de gripe, o que representou 4,4% da população.
Os maiores percentuais de pessoas com ao menos um sintoma de síndrome gripal em setembro ocorreram no Rio Grande do Sul (6,6%), Amapá (6,5%) e em Sergipe (6,0%); os menores, em Rio de Janeiro (2,3%), Piauí (3,0%) e Santa Catarina (3,1%). A Bahia tinha o 6o maior percentual.
Das 769 mil pessoas com ao menos um sintoma de gripe em setembro, na Bahia, 141 mil (18,3%) procuraram atendimento médico em algum estabelecimento de saúde. No Brasil como um todo, 23,9% dos que apresentaram ao menos um sintoma (ou 2,2 milhões de pessoas) procuraram atendimento em estabelecimento de saúde.