A ação de uma bactéria mortífera tem gerado pânico em algumas regiões da Argentina nos últimos dias. Nesta quarta-feira (12), foi divulgado que um bebê de 20 meses se tornou a nova vítima fatal deste microrganismo denominado Streptococcus pyogenes.
A morte ocorreu no último dia 3, na província de Rio Negro, e é a sexta, por ação bacteriana, a ocorrer no país. As informações são do Clarín.
Horas antes da morte bebê, um homem de 38 anos, de Pergamino, também havia morrido pelo mesmo motivo. Quatro casos de estreptococos invasivos já haviam sido relatados, com mortes, segundo o jornal argentino.
Neles se incluem o da morte de uma menina de 7 anos de idade de Avellaneda, no hospital Elizalde, de Buenos Aires. O caso foi um dos dois primeiros a serem notificados, com vítimas. No total, incluindo o bebê, há seis mortes até o momento (duas crianças em Buenos Aires, uma em Rosário, uma em Misiones e um adulto em Pergamino. Três pacientes estão hospitalizados por causa do estreptococos.
Segundo María de las Mercedes Iberó, secretária de Relações Institucionais do Ministério da Saúde de Río Negro, o bebê “já tinha uma patologia prévia, estava com pneumonia e estava superinfectado.”
Esta situação abre a possibilidade de a morte do bebê ter sido causada por uma cepa ainda mais agressiva da bactéria. Tal hipótese está sendo investigada pelo Instituto Anlis, por meio de três profissionais que, entre outras pesquisas, farão o sequenciamento do genoma da bactéria.
Ao Clarín, o diretor de Epidemiologia de Buenos Aires, Iván Insúa, garantiu que não está ocorrendo epidemia, nem mesmo um surto. “Nós não estamos em um surto sob qualquer ponto de vista. Nos Estados Unidos, tem entre 10.000 e 13.000 casos graves por ano, com 1.600 mortes, para comparar a magnitude do problema que estamos estudando hoje.”
Insúa ressaltou que não se trata de algo inusitado a bactéria ter atingido um adulto (o nascido em Pergamino).
“Qualquer um pode ser afetado porque coloniza vidas de bactérias comuns na pele ou membranas mucosas dos seres humanos, e quando há um baixo defesas podem encontrar a oportunidade.”
Ele alertou para a necessidade de precaução em relação a este tipo de doença, por meio de consultas antecipadas, a fim de evitar que os sintomas comecem a aparecer.
R7