Termina nesta quarta-feira (12) a reunião que vai definir o patamar da taxa básica de juros da economia brasileira, a Selic. A previsão do mercado financeiro é de que seja estabelecido o quinto corte consecutivo da Selic para os próximos 45 dias.
No último encontro do grupo, realizado no final do mês de fevereiro, foi decidido de maneira unânime pela redução da taxa em 0,75 ponto percentual, a 12,25% ao ano.
Economistas ouvidos semanalmente pelo BC (Banco Central) apostam que o Copom (Comitê de Política Monetária) deve manter o ritmo de redução da Selic e cortar a taxa em 1 ponto percentual, para o patamar de 11,25% ao ano, o que representaria a menor taxa de juros desde dezembro de 2015.
Caso as expectativas sejam confirmadas e a Selic recue, a sinalização é de que a economia brasileira está voltando à estabilidade após a crise que atravessou o País.
Após a definição da nova taxa, marcada para acontecer a partir das 18h, o BC divulga a ata da reunião na terça-feira da semana que vem (18), com as explicações sobre a decisão.
Taxa básica
Em linhas gerais, a Selic é taxa que os bancos pagam para pegar dinheiro no mercado e repassá-lo para empresas ou consumidores em forma de empréstimos ou financiamentos. Por esse motivo, os juros que os bancos cobram dos consumidores são sempre superiores à Selic.
A taxa básica também serve como o principal instrumento do BC para manter a inflação sob controle, próxima da meta estabelecida pelo governo, de 4,5%. Isso acontece porque os juros mais altos fazem o crédito ficar mais caro, reduzem a disposição para consumir e estimulam novas alternativas de investimento.
Quando o Copom aumenta a Selic, o objetivo é conter a demanda aquecida e isso causa reflexos nos preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Já quando o Copom reduz os juros básicos, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo.
A Selic só influencia o rendimento da poupança quando é igual ou inferior a 8,5% ao ano. Ou seja, com a taxa a 12,25% ao ano vale mais a pena buscar alternativas mais atrativas de investimento.
R7