Dez estudantes que moram na zona rural de Campo Formoso, cidade no norte da Bahia, perderam o segundo dia do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), no domingo (28), porque o ônibus em que estavam atolou em um lamaçal, a caminho do local onde fariam a prova. Os candidatos só conseguiram chegar cinco minutos após o fechamento dos portões.
O grupo é do povoado de São Tomé e faria a prova em uma escola que fica no centro de Campo Formoso. O coletivo foi cedido pela prefeitura, para levá-los ao local do exame.
A estrada por onde os estudantes precisam passar para chegar à sede de Campo Formoso é de terra, sem asfaltamento, administrada pelo governo do estado. No sábado (27), choveu muito na região e por isso a estrada ficou cheia de lama, que fez com que o veículo atolasse.
Os candidatos gravaram vídeos mostrando situação e questionaram a conduta do motorista. Eles relataram que houve demora na adoção de providências e disseram que o condutor chegou a parar para ajudar motoristas de outros automóveis que estavam atolados. Disseram ainda que o homem ficou falando ao telefone, e que por isso não conseguiram chegar no horário.https://204d50d792721560aa75788da93e9e22.safeframe.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html
O chefe do Departamento Municipal de Transporte de Campo Formoso informou que a estrada está passando por reforma, e que o motorista estava falando ao celular com funcionários da prefeitura.
A reportagem entrou em contato com a Secretaria de Infraestrutura do Estado da Bahia (Seinfra), para saber sobre as condições da pista, e aguarda resposta.
Outra situação
No primeiro domingo do Enem, dia 21, a situação se repetiu na mesma região da Bahia, na cidade de Ourolândia. Neste caso, o ônibus levava o grupo de estudantes para a cidade de Jacobina e quebrou na estrada. Assim como no caso de Campo Formoso, o coletivo também havia sido cedido pela prefeitura.https://204d50d792721560aa75788da93e9e22.safeframe.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html
A gestão afirmou que o veículo passou por revisão no dia 18 de outubro, três dias antes da prova, e que o problema teria sido causado por uma braçadeira, que se rompeu, fazendo com que o ônibus perdesse força e parasse.
Após o problema, o motorista acionou o setor de transportes da prefeitura para que disponibilizasse um veículo reserva, e enquanto isso, providenciou carona para alguns estudantes. No entanto, parte do grupo não conseguiu chegar aos seus destinos antes do fechamento dos portões das escolas em Jacobina.
G1