O governo chinês bloqueou cerca de 17,5 milhões de passagens aéreas à passageiros que não possuem crédito social suficiente e cometeram pequenas infrações como forma de punição. Além disso, outras 5,5 milhões de pessoas estão impedidas de andar de trem pelo mesmo motivo.
O sistema de crédito social, que o governo quer implantar integralmente até 2020 em todas as regiões da China, tem como objetivo ensinar à população que “manter a confiança é glorioso e quebrar a confiança é uma desgraça”, de acordo com documento oficial.
Críticos e ativistas dos direitos humanos alertam que o sistema de créditos é uma medida usada pelo governo de controlar a população, além de não serem claros os critérios usados para a pontuação. O governo faz experimentos com os créditos desde 2014 e Xangai foi a primeira cidade a implementar o sistema, em julho de 2017.
Entre as medidas usadas para reduzir os créditos estão desrespeitar as leis, pagar impostos com atrasado e preencher cadastros com informações falsas, mas há registros de perda de pontos por andar com um cachorro sem coleira. Ainda não há uma lista completa de ofensas que possam fazer os cidadãos perderem pontos e sofrerem punições com isso.
O sistema também é criticado por ser considerada uma ferramenta que usa inteligência artificial, computação e outras tecnologias para rastrear e manter o controle sobre a população.
Segundo o jornal britânico The Independent, ativistas denunciaram que o governo usa sistema de reconhecimento facial em áreas habitadas por minorias étnicas, como muçulmanos, e pediu amostras de sangue dos grupos. Também foram denunciadas violência e segregação das minorias, além de campos de “reeducação” denunciados pela ONU em Xinjiang.
R7