A voz é um dos elementos do nosso corpo que mais temos contato em nosso dia a dia. Usamos ela para expressar os nossos sentimentos, desejos, para nos comunicar com os outros e, até mesmo, com a gente mesmo. A readequação vocal para transexuais tem devolvido a autoestima e ajudado essas pessoas a se reconhecerem não apenas em seus corpos, mas da forma que elas soam. Para homens trans, em muitos casos, a hormonioterapia em parceria com as sessões de fonoterapia já apresentam resultados satisfatórios na mudança da voz. Quando isso não acontece, existe a possibilidade de realizar a cirurgia de tireoplastia tipo 3. Esse procedimento consiste em incisões na cartilagem, que ajudam a prega vocal a ficar menos tensa. A nossa corda vocal funciona de modo semelhante à corda do violão. A voz soa mais aguda quando ela está mais esticada e, quando está mais relaxada, o som é mais grave. Já para as mulheres trans, o procedimento mais moderno atualmente é a glotoplastia. “No Brasil ainda há poucas pessoas que fazem esse tipo de cirurgia, que é tecnicamente mais difícil de ser executada, mas com resultado superior em relação a tireoplastia 4”, conta a otorrinolaringologista Érica Campos. A glotoplastia tem se tornado a primeira opção para mulheres trans na readequação vocal por ser minimamente invasiva, não deixar cicatriz externa e pelos resultados se mostrarem mais satisfatórios. “Esse é um procedimento feito por dentro da boca, não envolvendo qualquer corte no pescoço. No caso da tireoplastia, tipo 3 ou 4, a gente precisa fazer uma pequena incisão no pescoço para chegar até a laringe, onde está a caixinha da voz”, explica a especialista. A cirurgia de glotoplastia possui uma duração média de 1h a 1h30, enquanto as demais são um pouco mais longas, podendo chegar até 2h de duração. Aumento na procura Nos últimos anos tem havido um crescimento na busca por procedimentos de readequação vocal, especialmente por mulheres trans, principalmente com uma maior informação sobre a possibilidade da cirurgia e o surgimento da glotoplastia, que não deixa cicatrizes visíveis no pescoço – um medo muito comum de pacientes. Mas a procura não é apenas por mulheres trans. “Outro público que vem crescendo são as mulheres cisgêneros que passaram por uma hormonioterapia e agora buscam na cirurgia uma tentativa de se livrar desse efeito colateral indesejado, que é a virilização da voz”, finaliza a médica. Atenção aos pré-requisitos Antes de passar pelo procedimento cirúrgico, entretanto, o recomendável é que o paciente tenha passado por algumas sessões de fonoterapia pré-operatória. Para alguns pacientes, essas sessões podem resolver os incômodos com a voz, possibilitando que aquela pessoa trans se sinta completa com a sua identidade. Quando isso não acontece, há a indicação para a readequação vocal. Além disso, o paciente deve ter idade acima dos 18 anos e ter passado por pelo menos um ano de acompanhamento por psicólogo. Esta última, inclusive, é uma recomendação do Conselho Federal de Medicina (CFM). Uma vez realizada a cirurgia, o processo de recuperação é relativamente simples. Não há muita dor ou grandes restrições alimentares ou físicas. O maior desafio para os pacientes é o tempo de silêncio, necessário para que haja a cicatrização adequada. O repouso vocal absoluto para pacientes da tireoplastia gira em torno de 3 a 5 dias de duração, enquanto na glotoplastia podem ser necessários até 10 dias de descanso da voz. “Depois desse período, é importante que a pessoa passe por sessões de fonoterapia pós-operatória para ajustes no tom”, esclarece Érica. |
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