Participar da Obmep (Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas) pode ser muito interessante para quem busca cursar uma faculdade pública. Desde 2019, universidades como USP (Universidade de São Paulo) e Unesp (Universidade Estadual Paulista) abrem vagas para medalhistas de competições de conhecimento como a Obmep. Confira dicas para tirar as provas de matemática de letra. Para participar, é necessário checar se sua escola está inscrita, lembrando que as inscrições para a Obmep seguem abertas até 20 de março.
O primeiro passo para estudar de maneira eficiente é entender a estrutura da prova. A Obmep é formada por duas fases: a primeira tem questões objetivas, a segunda é dissertativa e o desenvolvimento do raciocínio é avaliado. O foco está muito mais na lógica, que no domínio técnico específico da matéria.
Para Edmilson Motta, coordenador geral do Etapa, a Obmep não é “uma competição de quem sabe mais fórmulas”. “Para fazer a prova é necessário saber o ‘arroz e feijão’. Não é decorando fórmulas, que se entende matemática”, complementou.
A melhor maneira de conhecer a estrutura é conferindo provas anteriores, que estão disponíveis no site com resolução. Através delas, refazendo os exercícios de edições passadas, o aluno pode compreender melhor qual o raciocínio e qualidades que serão cobradas pelo exame.
É fundamental para o aluno manter contato com seus professores se ele está buscando se preparar da maneira correta. “Caso a escola não tenha um planejamento para dar aulas preparatórias para as olimpíadas, é importante que os professores ajudem os candidatos a organizarem seus estudos autônomos”, diz Carla Milhossi, professora de Matemática do 6º, 8° e 9°ano da Escola Santi.
Uma questão que preocupa os alunos e principalmente os pais é se o modelo de escola – pública ou privada – influencia o desempenho do aluno.”A prova é a mesma”, diz Motta, que acredita que a diferença de resultados entre alunos da escola pública e privada é inexistente pela lógica e objetivo da prova. Milhossi acredita que o problema não está no financiamento, mas no método de ensino. “Um ensino de matemática mais mecanizado, pautado em atividades de repetição, acaba não sendo tão favorável para os candidatos”, afirma.
R7