A CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) sobre o desastre em Brumadinho (MG) se reúne amanhã para apresentação e discussão do parecer do relator, deputado Rogério Correia (PT-MG). O texto vai pedir o indiciamento da Vale do Rio Doce e da empresa alemã Tüv Süd por crime socioambiental e corrupção empresarial.
“Eles agiram em conluio e esconderam dados do governo”, disse Correia. “Além de crime ambiental, vão ser indiciados diretores, inclusive por homicídio doloso”, afirmou.
O relatório pede o indiciamento por homicídio doloso e lesão corporal dolosa de 22 diretores da Vale, engenheiros e terceirizados, entre eles o ex-presidente da mineradora, Fabio Schvartsman.
Em 25 de janeiro deste ano, uma barragem da Vale em Brumadinho (MG) se rompeu, matando centenas de pessoas e deixando dezenas desaparecidas. O reservatório já estava inativo, segundo a Vale, mas continha 12,7 milhões de metros cúbicos de rejeito de mineração, que atingiu funcionários e moradores da região. O último corpo encontrado, no dia 19 deste mês, elevou para 252 o número de mortes. Outras 19 pessoas seguem desaparecidas.
Segundo o relator Correia, amanhã na comissão ele também fará a denuncia de outras 20 barragens que estão com risco de rompimento, todas em Minas Gerais.
Na última segunda-feira (21), o relator e o presidente do colegiado, deputado Júlio Delgado (PSB-MG), estiveram em Berlim (Alemanha) para entregar documentos e dados técnicos a autoridades alemãs para auxiliar na apuração e punição dos responsáveis pelo rompimento da barragem.
Em setembro, a Comissão Parlamentar de Inquérito da Assembleia Legislativo.
R7