No próximo dia 7 de abril é celebrado o Dia Mundial da Saúde. Um momento crucial para estar atento não apenas à saúde física, mas também ao bem-estar integral, principalmente das crianças. Entre os diversos aspectos que merecem atenção no desenvolvimento desse grupo de pessoas, as doenças reumáticas merecem um lugar de destaque. Isso porque o reumatismo, apesar de sua associação mais comum com adultos e idosos, também pode se manifestar nos mais jovens.
De acordo com a reumatologista da Novaclin, Dra. Ana Teresa Amoedo, o reumatismo infantil é uma condição complexa, com sintomas variados, que pode ter um impacto significativo na qualidade de vida das crianças. “Os sintomas podem variar de dor nas articulações e inchaço a febres recorrentes, afetando não apenas a saúde física, mas também o bem-estar emocional e social. Por isso, é fundamental que os pais ou responsáveis estejam atentos.”
Pesquisas da Sociedade Brasileira de Reumatologia apontam que a artrite, artrose, osteoporose e lombalgias estão entre as doenças mais comuns em todo o Brasil, mas em crianças incluem a artrite idiopática juvenil (AIJ), o lúpus eritematoso sistêmico juvenil (LESJ), a dermatomiosite juvenil (DMJ) e a esclerose sistêmica juvenil (ESJ). Essas condições afetam as articulações, músculos e órgãos internos, podendo causar dores, inflamação e limitações nas atividades diárias das crianças. Assim, a Dra. Ana Teresa Amoedo ressalta que, caso os pais observem qualquer um dos seguintes sinais, é importante procurar um reumatologista pediatra para avaliação e diagnóstico precoces.
– Dor persistente nas articulações, que pode ser acompanhada de inchaço, vermelhidão e calor localizado;
– Rigidez matinal, em que a criança apresenta dificuldade para movimentar as articulações logo ao acordar;
– Febre sem causa aparente, especialmente se for recorrente;
– Fadiga crônica e perda de energia;
– Manchas na pele, especialmente se forem sensíveis à luz solar;
– Fraqueza muscular ou dificuldade para realizar atividades físicas que antes eram realizadas sem problemas.
O diagnóstico precoce e o tratamento adequado são as únicas formas capazes de ajudar a minimizar o impacto dessas condições na vida das crianças, possibilitando uma melhor qualidade de vida e reduzindo o risco de complicações a longo prazo. Por fim, Dra. Ana Teresa ressalta que “precisamos nos comprometer a ficar atentos à saúde integral das nossas crianças, incluindo a saúde reumática. Consultas regulares com um pediatra e, se necessário, com um reumatologista podem ajudar a garantir que qualquer condição seja identificada e tratada precocemente, proporcionando um futuro mais saudável e feliz.” As crianças são um investimento futuro. Ao se priorizar a conscientização e ação em torno do reumatismo infantil, se faz possível construir um mundo mais justo e saudável para todos.
Dra. Ana Teresa Amoedo é médica reumatologista, sócia e diretora da Novaclin – Salvador, pertencente ao Grupo CITA (Centros Integrados de Terapia Assistida), referência em tratamentos de doenças autoimunes no Brasil, es está disponível para entrevistas sobre Reumatismo Infantil.