“O ministro tem sido dedicado, correto, fluido nas informações com os estados, todos eles, eu sou testemunha disso. Não só o ministro, como também os secretários-executivos do Ministério da Saúde têm sido corretos. […] A certeza de que o seu esforço é reconhecido por todos, pelo mundo da ciência, pelo mundo da medicina, pelos governadores”, afirmou em entrevista coletiva na tarde desta sexta-feira (3).
Doria também fez um apelo a Mandetta: “Resista, ministro, aos despreparados. A sua resistência como ministro da Saúde do Brasil está ajudando a salvar vidas de milhares de brasileiros. Os brasileiros estarão ao seu lado e reconhecendo que o seu esforço ajuda a salvar vidas.”
O ministro tem adotado posicionamento divergente do presidente da República, Jair Bolsonaro, o que criou atrito entre a equipe da Saúde e integrantes do governo.
A principal discordância é sobre as medidas de distanciamento social, defendida pelo ministério como forma de preparar a estrutura de saúde e evitar uma explosão de casos de covid-19 sem que os hospitais possam ter capacidade para atendimento.
Já o presidente defende a reabertura de todo o comércio para minimizar os prejuízos econômicos.
Também nesta sexta-feira, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, afirmou que o ministro da Saúde tem garantido o apoio dele e do Congresso.
Para Maia, apesar das bravatas de Bolsonaro, ele não tem coragem de tirar Mandetta e mudar a política que o ministro vem conduzindo no Ministério da Saúde.
“Toda vez que Bolsonaro vem a público criticar Mandetta, mais atrapalha do que ajuda. Mandetta tem tranquilidade para não sair do trilho por pressão do presidente.” E ironizou: “Covid-19 não é uma gripinha, Alcolumbre [presidente do Senado, Davi Alcolumbre, que testou positivo para o coronavírus] vai dar um depoimento sobre isso.”
Na segunda-feira (30), o ministro-chefe da Casa Civil, Walter Braga Netto, negou que houvesse planos do presidente para demitir Mandetta, mas o ministro da Saúde, que estava ao lado, ironizou a declaração.
R7