** IPCA da RMS desacelerou em relação a maio (1,11%), ficou abaixo da média nacional (1,26%) e foi o terceiro menor entre as áreas pesquisadas pelo IBGE;
** Cinco dos nove grupos de produtos e serviços do IPCA tiveram alta em junho, na Região Metropolitana de Salvador. Despesas com alimentação (1,43%) e habitação (2,65%) foram as que mais puxaram a inflação para cima;
** Por outro lado, reduções nos preços dos combustíveis veiculares (-0,56%), sobretudo no diesel (-7,51%), ajudaram a conter o IPCA de junho na RMS;
** Inflação acumulada no primeiro semestre de 2018 na RMS (2,97%) já é maior que a do ano de 2017 (2,14%) e se situa acima da média nacional (2,60%);
** Nos 12 meses encerrados em junho, o IPCA chegou a 3,82% na RM Salvador, maior que o registrado nos 12 meses encerrados em maio (2,85%), embora ainda abaixo da média nacional (4,39%).
Em junho, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medida oficial da inflação, ficou em 0,86% na Região Metropolitana de Salvador, desacelerando em relação à taxa de maio (1,11%), mas ficando bem acima também do índice de junho de 2017 (-0,08%). Foi a terceira menor inflação do país, abaixo da média nacional (1,26%).
Com o resultado de junho, a inflação no ano de 2018, na RM Salvador, se manteve em aceleração, indo a 2,97% (estava em 2,10% em maio), e acima da média nacional (2,60%). Continua também num patamar mais alto que o acumulado no mesmo período em 2017 (1,30%).
No primeiro semestre de 2018, o IPCA na RMS já ultrapassou o acumulado em todo o ano de 2017 (2,14%).
Nos 12 meses encerrados em junho, o IPCA chegou a 3,82%, em Salvador, maior que o registrado nos 12 meses encerrados em maio (2,85%), embora ainda abaixo da média nacional (4,39%).
A tabela a seguir mostra o IPCA para Brasil e áreas pesquisadas, no mês, acumulados no ano e nos 12 meses encerrados em junho.
Despesas com alimentação (1,43%) e habitação (2,65%) foram as que mais puxaram o IPCA para cima, em junho, na RMS
Em junho, cinco dos nove grupos de produtos e serviços que compõem o IPCA tiveram aumento, na Região Metropolitana de Salvador, liderados, em termos de magnitude da taxa, por Habitação (2,65%) e Alimentação e bebidas (1,43%).
Por ser o grupo de despesas com maior peso no orçamento das famílias, Alimentação e bebidas (1,43%) teve o maior impacto no sentido de puxar para cima a inflação de junho na RM Salvador, com influência tanto dos alimentos consumidos em casa (alta de 1,93%) quanto da alimentação fora (0,37%).
Uma série de grupos de alimentos fundamentais do dia a dia ficaram mais caros em junho, como as aves e ovos (14,77%), as carnes em geral (4,21%), as frutas (2,79%), os panificados (1,395) e leite e derivados (1,18%). O frango inteiro, com aumento de 18,19%, foi o terceiro item que, individualmente, mais contribuiu para a alta do IPCA de junho, na RMS.
Entre as despesas com habitação, as que mais impactaram na inflação do mês foram os aumentos do gás de botijão (10,40%), item individual que mais puxou o IPCA para cima em Salvador, e da energia elétrica (4,95%), segundo principal impacto inflacionário no mês.
O gás teve, em junho, sua quarta alta consecutiva, acelerando fortemente em relação a maio (0,39%) e passando a ter uma inflação acumulada no ano de 4,75%, em Salvador. A energia elétrica também vem com aumentos seguidos desde abril e já acumula, no primeiro semestre de 2018, alta de 22,41%.
Também tiveram aumentos em junho, na Região Metropolitana de Salvador, os grupos Saúde e cuidados pessoais (0,49%), Despesas pessoais (0,21%) e Artigos de residência (0,18%).
Apesar de os alimentos terem sido, em média, os que mais pressionaram a inflação de junho para cima na RMS, a cebola, com uma taxa negativa de -21,39%, foi o item que, individualmente, mais contribuiu para segurar o IPCA do mês.
A cebola vinha com fortes altas desde janeiro, tendo acumulado, até maio deste ano, na RM Salvador, um aumento de 159,34%. Após essa primeira redução, em junho, fechou o primeiro semestre com acumulado de 103,87%.
A redução nos combustíveis veiculares (-0,56%) também foi decisiva na desaceleração da inflação em junho, na RM Salvador.
O diesel (-7,51%), que vinha em altas seguidas desde julho de 2017, foi o segundo item individual que mais contribuiu para conter o IPCA do mês. Houve reduções também nos preços da gasolina (-0,14%) e do etanol (-0,45%), ambos tinham registrado altas em maio (de 8,11% e 4,79% respectivamente).
A queda média nos preços dos combustíveis ajudou o grupo Transportes a fechar junho com uma pequena variação negativa no IPCA (-0,01%).
Também foi importante no sentido de conter a inflação do mês a redução nas despesas com educação (-0,22%), influenciada pelas variações negativas de itens de papelaria (-1,49%) e leitura (-0,87%), entre outros.
Na RM Salvador, INPC ficou em 1,00% em junho
Na Região Metropolitana de Salvador, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede a inflação das famílias com menores rendimentos, ficou em 1,00% em junho, com leve aceleração em relação a maio (0,98%), mas abaixo do índice nacional (1,43%).O INPC de junho na RM Salvador (1,00%) foi o terceiro menor entre as regiões pesquisadas, acima apenas de Rio Branco (0,84%) e de Belém (0,71%).
No acumulado no ano, o índice ficou em 2,61% (frente a 2,57% do país) e, no acumulado nos 12 meses terminados em junho, está em 2,96%, abaixo da média nacional (3,53%).