Se algum benefício imediato da pandemia puder ser anotado em nosso prontuário, será o de expor a fratura do nosso esqueleto social, corroído pela concentração de renda e suas sequelas.
Índices tóxicos de desemprego, 40 milhões de brasileiros colocados na mais insalubre informalidade. Metade da população nem sequer tem acesso a saneamento básico, quanto mais pode se dar ao luxo do prosaico ato de lavar as mãos com água limpa.
Alguns governantes se anteciparam e, mostrando o mínimo de sensibilidade diante da tragédia sem precedentes que se avizinha, sabem que será necessário – com extrema urgência – levar alguma ajuda à imensa periferia econômica desta nação.
Seremos obrigados a divulgar um diagnóstico definitivo quando o pior já tiver passado: O Brasil segue debilitado, na UTI. Mas a consciência desse estado preocupante, que exige cuidados extremos, talvez nos obrigue a ir dessa para melhor – o que não será difícil, diante do estado de calamidade pública que finalmente será decretado
R7