O Parlamento francês prorrogou o estado de urgência nacional por mais seis meses, status que será mantido até 1º de novembro. Depois de passar no Senado, a prorrogação foi aprovada na Assembleia Nacional por 137 votos contra 13.
Em princípio, deve ser a última renovação desse texto que expiraria no dia 15, já que o governo de Emmanuel Macron espera aprovar uma nova lei antiterrorista. Nela, algumas das medidas do estado de emergência serão assimiladas pelo Direito comum.
O estado de emergência nacional se encontra em vigor desde os atentados de 13 de novembro de 2015, nos quais 130 pessoas morreram, e mais de 350 ficaram feridas. Trata-se de um recorde de duração desde a criação desse regime de exceção durante a guerra da Argélia.
A instituição do estado de urgência prescinde da necessidade de mandado judicial para batidas em residência, proibições de manifestação, controles de identidade e revista de bagagens e de veículos, assim como para fechamento de locais de reunião.
Antes da votação, o ministro francês do Interior, Gérard Collomb, pediu o “apoio em massa” dos deputados para a prorrogação do texto, rejeitando as críticas ao polêmico regime. Segundo ele, busca-se “preservar as liberdades”.