A assessoria da deputada federal Flordelis (PSD-RJ) divulgou à imprensa nesta quinta-feira (29) imagens do dia 10 de julho do Diário Oficial de São Gonçalo, cidade da região metropolitana do Rio de Janeiro. Pelo menos seis filhos adotivos da parlamentar teriam ganham cargos comissionados a partir de Wagner de Andrade Pimenta – o vereador Misael da Flordelis (MDB).
Os irmãos de Wagner tiveram seus nomes publicados no Diário Oficial 15 dias após prestarem depoimentos acusando a parlamentar de envolvimento com a morte de Anderson do Carmo, disse a equipe da deputada federal.
“Isto que está acontecendo com a pastora Flordelis mostra que está tudo sendo armado pelo então vereador Misael. Pergunta que não quer calar: por que a Polícia Civil ainda não investigou o vereador Misael?”, questionou a assessoria.
Seis pessoas tiveram os nomes destacados pela equipe de Flordelis: Ana Paula Bittencourt Moraes, Daiane Freires e Roberta dos Santos para a Secretaria Municipal de Políticas sobre Álcool e Drogas; Gabriel Ferreira Rocha Simplicio Martins para a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano; e Renata de Farias Manhaes e Vinicios Grutta Faria para a Secretaria Municipal de Saúde e Defesa Civil.
Em nota, a assessoria de Misael disse que cinco irmãos e outras duas pessoas, que não fazem parte da família, prestaram depoimentos “nos quais afirmam que acreditam no envolvimento de Flordelis no crime” e que apenas duas destas sete pessoas trabalham com Misael (leia abaixo a nota na íntegra).
Depoimentos obtidos com exclusividade pela Record TV revelam que Misael afirmou em depoimento que Flordelis é a mentora intelectual da execução de Anderson. Segundo o vereador, a deputada federal afirmou que Anderson iria morrer.
Misael também disse que Flordelis procurava em algum de seus 55 filhos – 51 adotivos e quatro biológicos – a coragem para executar o pastor, morto na garagem da casa onde morava, em Niterói, também na região metropolitana do Rio.
O vereador ainda contou aos investigadores que Flordelis desconfiava que Anderson não estaria sendo honesto com suas finanças como deputada federal, o que reforça a teoria da Polícia Civil de que a morte de Anderson possa ter motivos financeiros.
O R7 retornou o contato da assessoria de Misael questionando quais dos seus irmãos trabalham diretamente com ele e perguntou se alguns dos seis cargos que a assessoria de Flordelis destacou tiveram envolvimento de Misael, mas não obteve resposta até a publicação da matéria.
“Além do Misael, cinco irmãos (Kelly, Daiana, Roberta, Luan e Daniel) e outras duas pessoas (Rogério e Regiane), que não fazem parte da família, prestaram depoimentos nos quais afirmam que acreditam no envolvimento de Flordelis no crime. Apenas duas desse total de sete pessoas trabalham com o Misael, mas jamais sofreram ameaça de exoneração ou, sequer, foram induzidos a prestar qualquer depoimento, conforme pode ser confirmado pelos próprios.”
R7