** Indústria da Bahia tem 2º crescimento seguido frente ao mês anterior, na passagem de fevereiro para março (0,1%);
** Apesar disso, ainda está longe de se recuperar das perdas registradas desde o início da pandemia, operando num patamar 19,9% abaixo de fevereiro/20;
** Frente ao mesmo mês do ano anterior, a produção industrial baiana voltou a crescer em março (8,6%), após 14 quedas seguidas, apresentando o segundo melhor resultado do país no mês e o maior avanço para um mês de março no estado em 12 anos;
** Em março, 6 das 11 atividades da indústria de transformação pesquisadas avançaram, e o crescimento geral no estado foi puxado pelos derivados do petróleo (37,9%).
** No acumulado nos três primeiros meses do ano, a Bahia é um dos 6 locais com resultado positivo (2,3%), bem à frente do registrado no país como um todo (-4,5%). Porém, nos 12 meses encerrados em março de 2022, a produção industrial baiana segue com maior queda do Brasil (-8,2%).
Em março, a produção industrial da Bahia teve uma variação positiva de 0,1% frente ao mês anterior, na comparação com ajuste sazonal, segundo a Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF) Regional, do IBGE. Com isso, a indústria da Bahia avançou pelo segundo mês consecutivo (entre janeiro e fevereiro, o crescimento tinha sido de 0,4%).
O resultado para o estado, porém, ficou levemente abaixo do índice nacional (0,3%) e foi o 9o melhor dentre os 15 locais investigados. Os maiores crescimentos foram verificados em São Paulo (8,4%), Ceará (3,8%) e Mato Grosso (2,8%).
Apesar do resultado positivo, o setor fabril da Bahia ainda está longe de se recuperar das perdas registradas desde que se iniciou a pandemia da Covid-19, operando num patamar 19,9% abaixo de fevereiro de 2020.
Dos 15 locais pesquisados pela PIM-PF Regional do IBGE, apenas 6 tiveram quedas na produção industrial, na passagem de fevereiro para março, com as maiores retrações apresentadas em Santa Catarina (-3,8%), Pará (-3,3%) e Espírito Santo (-3,0%).
Além de ter apresentado resultado positivo frente ao mês imediatamente anterior, em relação a março de 2021, a produção industrial baiana também cresceu (8,6%). Este foi o primeiro avanço no indicador após 14 quedas consecutivas, registradas entre janeiro de 2021 e fevereiro de 2022.
O resultado registrado na Bahia foi o segundo melhor do país e bastante superior ao nacional. No Brasil como um todo, a produção industrial recuou 2,1% em março 22/março 21, com resultados negativos em 7 dos 15 locais.
O único estado com índice superior ao da Bahia foi Mato Grosso (22,9%). Por outro lado, as maiores retrações ocorreram em Santa Catarina (-9,8%), Pará (-7,2%) e Amazonas (-4,1%).
Além disso, neste comparativo, a indústria baiana apresentou o seu maior crescimento para um mês de março em 12 anos, desde 2010, quando tinha registrado um aumento de 10,3% frente ao mesmo mês do ano anterior.
No acumulado nos três primeiros meses do ano, frente ao mesmo período do ano anterior, a Bahia é um dos 6 locais com resultado positivo (2,3%), bem à frente do registrado no país como um todo (-4,5%).
Porém, nos 12 meses encerrados em março, a indústria baiana continua no negativo (-8,2%), frente aos 12 meses imediatamente anteriores, mantendo o pior resultado do país. No Brasil como um todo, a produção industrial avança (1,8%) nessa comparação, com resultados positivos em 9 dos 15 locais.
O quadro a seguir mostra as variações da produção industrial brasileira e regional em março de 2022.
Em março, crescimento da produção industrial foi puxado pelos derivados do petróleo (37,9%)
O crescimento da produção industrial da Bahia em março/22 frente a março/21 (8,6%) se deu por conta do avanço registrado pela indústria de transformação (9,9%), que cresceu pelo segundo mês consecutivo. Por outro lado, a indústria extrativa apresentou sua terceira queda seguida (-11,9%).
Houve crescimento em 6 das 11 atividades da indústria de transformação investigadas separadamente na Bahia. A fabricação de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis (37,9%) foi quem apresentou o avanço mais representativo para o resultado positivo do estado de uma forma geral, seguida pela fabricação de outros produtos químicos (9,5%).
O setor de derivados do petróleo tem o maior peso na estrutura industrial da Bahia e apresentou o seu sétimo resultado positivo consecutivo, embora ainda acumule perda de 8,1% nos 12 meses encerrados em março.
Em março, o maior crescimento absoluto entre as atividades da indústria de transformação, apesar de ter um peso menor na estrutura industrial baiana, foi o da fabricação de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (200,2%).
Por outro lado, houve quedas em 5 das 11 atividades da transformação, sendo as mais relevantes na metalurgia (-38,3%) e na fabricação de produtos de borracha e de material plástico (-9,6%).
Mostrando a sétima retração consecutiva na comparação com o mesmo mês do ano passado e com a maior queda absoluta do estado em março, a metalurgia acumula recuo de 26,7% em 12 meses. Já a fabricação de produtos de borracha e de material plástico caiu pelo oitavo mês seguido e apresenta retração de 1,3% no acumulado dos últimos 12 meses.