Pesquisadores do Instituto Oswaldo Cruz (Fiocruz) revelaram que as fêmeas do Aedes aegypti têm a mobilidade comprometida quando estão infectadas pelo vírus Zika. Ainda assim, os mosquitos são capazer de pôr o mesmo número de ovos que aqueles não infectados.
Os resultados podem explicar, segundo o jornal O Globo, dados epidemiológicos que indicam a concentração de casos em uma mesma região. “Essa pode ser a explicação para o fato de os dados epidemiológicos registrarem muitos casos de infecção de membros da mesma família, que vivem na mesma casa”, afirmou a bióloga Rafaela Vieira Bruno, chefe do Laboratório de Biologia Molecular de Insetos do IOC/Fiocruz, líder da pesquisa.
Para o experimento, os cientistas infectaram as fêmeas com o vírus, a partir de um alimentador artificial. Elas foram, então, mantidas em um criadouro artificial para coleta. A atividade locomotora foi medida por sensores de atividade, no quinto, sexto e sétimo dia após a alimentação. Posteriormente, os resultados foram comparados a um grupo de controle.
“Essa descoberta só reforça a recomendação de as pessoas ficarem muito atentas aos criadouros. Erradicar os possíveis pontos de procriação que estão perto é uma medida eficiente para evitar a doença”, reforçou a bióloga.
Bahia Notícias