Pesquisadores da Universidade de Newcastle, na Austrália, trabalha em conjunto com uma empresa especialista em tecnologia, a Third Eye, que desenvolveu o projeto Blue Room para tratar medos e fobias de crianças autistas.
A criança é acompanhada por um psicólogo em um ambiente inteiramente cercado de projeções e recursos sonoros para criar cenários personalizados.
O local reproduz uma experiência em 360° sem qualquer interferência externa. Para não deixar as crianças autistas irritadas, não é necessário o uso de fones de ouvidos e óculos.
Entre as experiências simuladas, estão entrar em um ônibus, atravessar uma ponte, ir às compras e conversar com um funcionário de uma loja.
A interação entre criança e o ambiente virtual é realizado por um tablet, permitindo que o paciente navegue pelo cenário e controle totalmente o espaço.
As cenas sejam gradualmente construídas em complexidades e níveis de ruído. Permitindo uma exposição progressiva e um elemento de comando que não pode ser obtido na vida real.
Com o apoio do terapeuta, a criança recebe exercícios de respiração e relaxamento no ambiente virtual controlável e protegido para ajudá-lo a lidar com as situações. O tratamento é observado pelos pais através de um link de vídeo que permite assistir as técnicas usadas para auxiliar seus filhos.
Com o apoio do terapeuta, a criança recebe exercícios de respiração e relaxamento no ambiente virtual controlável e protegido para ajudá-lo a lidar com as situações. O tratamento é observado pelos pais através de um link de vídeo que permite assistir as técnicas usadas para auxiliar seus filhos.
Também ressalta que o “tratamento principal é a terapia comportamental cognitiva, mas que em alguns casos não funciona com uma criança que possui autismo, por depender da sua imaginação”.
“As pessoas com autismo podem achar difícil imaginar uma cena, portanto, ao oferecê-la fisicamente na frente dos olhos da criança, podemos nos sentar ao lado deles e ajudá-los a aprender como administrar seus medos”, diz o Dr. Jeremy Parr.
Harry Mainwaring, teve uma fobia de cães. Ele foi um dos pacientes da Sala Azul, que superou seus medos utilizando os recursos da Inteligência artificial imersiva. Após o tratamento, o garoto tem um companheiro, o cachorro Wilfy.
O tratamento também auxiliou uma jovem de 26 anos a se formar na faculdade depois de superar o medo de portas e corredores longos. A realidade virtual pode curar as fobias e medos de uma criança autista em 45% dos casos, e os cientistas afirmam que os efeitos são permanentes.
R7