A mesa “A arte se preocupa muito mais com a política do que a política com a arte?” será palco desses profissionais de comunicação
Segundo um dos mais influentes artistas plásticos contemporâneos, o chinês Ai Weiwei “A arte é mais política do que qualquer movimento político”. Se a política é a relação de poderes dentro de uma sociedade, a arte é o exercício de poder ideológico, um exercício de liberdade, um marco entre gerações, pois determina comportamentos como também cria e modifica culturas.
Esse é o viés da mesa “A arte se preocupa muito mais com a política do que a política com a arte?”, com a participação dos jornalistas Franklin Martins e do Professor Emiliano José e terá a mediação de Jorge Portugal, que acontece no sábado (16), às 16h30.
Emiliano José é político, jornalista, escritor, professor aposentado e doutor em Comunicação e Cultura Contemporâneas. Iniciou a sua trajetória pública como militante estudantil, ocupando a vice-presidência da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES). Fez resistência à ditadura militar e foi preso, período em que escreveu um de seus livros, “Memórias do Mar Sem Fim”.
Já o jornalista e militante de esquerda na luta contra a ditadura, Franklin Martins foi líder estudantil e depois entrou para a organização Movimento Revolucionário 8 de Outubro (MR-8). Participou de um dos episódios mais marcantes da resistência à ditadura, o sequestro do embaixador norte-americano Charles Burke Elbrick, em setembro de 1969, com o objetivo de forçar a libertação de 15 presos políticos. A ação foi realizada junto com a Aliança Libertadora Nacional (ALN), e o episódio é narrado no livro “O que é isso, companheiro?, de Fernando Gabeira.
Além da atividade jornalística e mais de 20 anos dedicados à carreira docente na Faculdade de Comunicação da UFBA, Emiliano tem também uma trajetória política que se desenvolveu ao longo das últimas décadas, assumindo mandatos como vereador, deputado estadual e federal. Foi diretor-adjunto da Superintendência Regional do Incra na Bahia, diretor de Pesquisa da Assembleia Legislativa da Bahia e em 2017, foi nomeado superintendente de Apoio e Defesa aos Direitos Humanos, da Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social do Governo da Bahia.
Na política, Martins, foi ministro-chefe da Secretaria de Comunicação do Brasil durante o mandato presidencial de Luiz Inácio Lula da Silva até dezembro de 2010. Tem vários livros publicados, entre eles “Jornalismo Político” (2005) e “Quem foi que inventou o Brasil? – a música popular conta a história da República” (2015). Em 2013, ganhou o Prêmio de Melhor Documentário Jornalístico de Televisão da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA) pela série “Presidentes africanos”.
O público presente na última mesa da Fliu pode esperar um debate rico, com verdadeiros especialistas no assunto. Em tempos sombrios, a voz se faz muito importante e valiosa para combater qualquer discurso autoritário. E esses profissionais de comunicação sabem muito bem o que é um regime de governo autoritário.
A Fliu é uma realização da Uauá projetos criativos e da Prefeitura de Uauá, idealizada por Mercia Beatriz com coordenação e produção de Ellen Ferreira, Lorena Ribeiro e Antônio Nikiel, com curadoria de Maviael Melo.
O evento tem patrocínio do Governo do Estado da Bahia, por meio da Secretaria de Turismo/Bahiatursa, Secretaria de Desenvolvimento Rural/CAR, Secretaria de Educação e da Secretaria de Cultura/Fundação Pedro Calmon, além do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB), Cooperativa Agropecuária Familiar de Canudos, Uauá e Curaçá (COOPERCUC) e do Instituto Regional da Pequena Agropecuária Apropriada (IRPAA).
Serviço:
O que: FLIU – Festa Literária de Uauá
Onde: Uauá, no Sertão Baiano
Quando: 14, 15 e 16 de novembro de 2019
Programação
Sábado (16/11)
Plenária – Local: Colégio Estadual Nossa Senhora Auxiliadora
9h – Abertura Cultural
9h30 – Mesa temática 6 “O uso do sertão e da favela na dramaturgia Brasileira – Mais que simplesmente cenário ”
11h – bate Papo Literário com Tom Farias e Siba Veloso participação de Emmanuel Mirdad
14h – Abertura Cultural
14h30 – Mesa Temática 7 “Entre rap e o repente”
16h – abertura cultural
16h30 – Mesa Temática 8 ” A arte se preocupa muito mais com a política com a arte?”, com jornalistas Franklin Martins e do Professor Emiliano José mediação de Jorge Portugal
Aberto ao Público