A Justiça decretou nesta segunda-feira (14) as prisões preventivas da esposa do empresário Leandro Troesch, dono da pousada Paraíso Perdido, Shirley da Silva Figueiredo, e da amiga dela, Maqueila Bastos. O homem foi encontrado morto na própria pousada de luxo na qual era dono, em Jaguaripe, no baixo sul da Bahia.
A informação foi confirmada pelo delegado Rafael Magalhães, que além de investigar a morte do dono de uma pousada de luxo a Bahia, também apura e o assassinato do funcionário dele, Marcel da Silva Vieira, conhecido como Billy. As duas são consideradas foragidas.
Shirley da Silva Figueiredo é investigada, porque foi a única pessoa que estava próxima do empresário quando ele morreu. Além disso, fugiu da pousada durante as investigações.
Ela já era considerada foragida da Justiça, porque também cumpria prisão domiciliar e não poderia deixar o local sem comunicar o fato.
Já a ex-detenta e amiga da viúva, Maqueila Bastos, também é umas das investigadas por participação nos crimes. Ela responde a oito processos por estelionato, fez amizade com Shirley durante a prisão e ao ser liberada, trabalhou na pousada Paraíso Perdido.
Maqueila foi demitida 10 dias antes da morte de Leandro, porque o empresário não aprovava a amizade entre as duas.
Em relação ao assassinato de Marcel, a Polícia Civil identificou o suspeito do crime. Um homem conhecido como “Zarolho”, usuário de drogas, confessou ter cometido o crime para a irmã dele e fugiu. Ele é procurado por policiais da região.
Caso
Leandro Troesch, dono da pousada Paraíso Perdido, foi encontrado sem vida dentro do estabelecimento, com marca de tiro na cabeça. O empresário foi preso e condenado a 14 anos de prisão por crimes de sequestro e extorsão cometido em 2001. Em 2022, ele já estava em prisão domiciliar na pousada.
A outra vítima do caso foi Marcel da Silva Vieira, conhecido como Billy, que era o “braço direito” do empresário. Ele era uma testemunha fundamental na investigação. O homem, que tinha envolvimento com drogas, foi morto pouco mais de uma semana após o amigo morrer, às vésperas de ser ouvido pela polícia.
O empresário foi encontrado morto dentro do quarto dele, na pousada Paraíso Perdido, em 25 de fevereiro. A viúva, Shirley da Silva Figueiredo, disse à polícia que estava no banheiro e somente ouviu o barulho do tiro.
Billy foi morto no distrito de Camassandi, que também fica em Jaguaripe, no dia 6 de março. O homem, que era funcionário de confiança de Leandro, prestou depoimento logo após a morte do empresário, mas seria ouvido, mais uma vez, um dia depois de ser assassinado.
Até o momento, o crime tem sido cercado de mistérios. O delegado responsável pelas investigações, Rafael Magalhães, afirmou que o cofre da pousada foi esvaziado e que o local do crime foi alterado.
Ainda de acordo com o delegado, Marcel da Silva Vieira foi morto com um tiro e sete facadas. O ex-funcionário da pousada foi encontrado despido e pode ter sido dopado antes do assassinato.
Segundo Rafael Magalhães, o inquérito policial sobre a morte do ex-funcionário foi concluído e prisões devem ser efetuadas nos próximos dias.
G1