A Marinha da Argentina descartou que o sinal detectado por sonar a 477 metros seja do submarino ARA San Juan, depois de inspeção realizada por um robô russo. A embarcação desapareceu no Atlântico Sul há 17 dias e tinha 44 tripulantes a bordo.
As autoridades haviam divulgado que um “contato”, como são chamados os indícios encontrados por sensores, mostrava uma deformação de 62 metros de comprimento no fundo do mar. Na mesma região, onde se fazem as buscas pelo submarino desaparecido, a cerca de 430 quilômetros da costa argentina foram detectados outros 3 “contatos”. Apesar de continuar tentando encontrar a embarcação, o governo argentino já declarou que não há mais possibilidade de existir vida no ARA San Juan.
O último contato do submarino com a base em Mar del Plata ocorreu na manhã do dia 15 de novembro, quando navegava pelo Atlântico Sul, a 450 km da costa. Na sua última mensagem, o “ARA San Juan” informou que havia superado uma avaria nas baterias provocada pela entrada de água pelo snorkel.
Três horas após a comunicação, um ruído similar a uma explosão ocorreu na mesma zona onde estava o submarino. No total, 28 navios, nove aeronaves e 4.000 homens participaram das operações de busca nos últimos 15 dias, que contaram com o apoio de 18 países. Ao longo de duas semanas, “foram vasculhadas 557.000 milhas náuticas quadradas de exploração visual e 1.049.479 milhas náuticas quadradas de exploração por radar, sem contato com o submarino”.