O Brasil registrou queda na adesão a vacinas, inclusive aquelas obrigatórias para crianças e disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS). Em 2016, a imunização contra a poliomielite atingiu 84% da cobertura, quando a meta era imunizar 95% do público-alvo. Foi o menor índice da última década. Para o Ministério da Saúde, a baixa adesão está relacionada à erradicação da doença, alcançada na década de 1990. “A população começa a achar que não precisa mais vacinar e não completa o esquema. Leva o filho para tomar a primeira dose e vai descuidando das outras”, afirmou Carla Domingues, coordenadora do programa de imunizações do ministério, à Folha de S. Paulo. São registradas ausências principalmente em casos de reforço da vacina, o que é justificado pela pediatra Isabella Ballalai, presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), por uma crença de que não é necessário. “Dá preguiça, o pediatra fala que não precisa”, pontuou. Também em 2016, quase 25% das crianças não compareceram aos postos para tomar a vacina que protege contra sarampo, caxumba, rubéola e catapora (tríplice/tetra viral). O ministério acredita que o fato de ser uma vacina relativamente nova no calendário obrigatório é a razão para isso. Há preocupações ainda com relação à vacinação contra caxumba e catapora.
Bahia Notícias