Uma mulher de 35 anos teve R$ 100 furtados e o cartão de crédito desbloqueado quando deu entrada no Hospital Geral do Estado, em Salvador, para passar por uma cirurgia. A mochila dela estava guardada dentro do setor de guarda-volumes do hospital.
O caso foi registrado nesta segunda-feira (9), no Posto Policial da unidade médica, e é investigado pela Polícia Civil.
Em entrevista ao G1, a técnica de segurança do trabalho, Leda Oliveira Cruz, contou que caiu de um cavalo em outubro de 2018, na cidade de Dias D’Ávila, na região metropolitana de Salvador. Ela foi socorrida e levada para a unidade médica, onde precisou fazer uma cirurgia para colocar fixadores externos no braço direito.
Após ficar internada por cinco dias no HGE, Leda Oliveira ficou sete meses com um fixador externo no punho. Os médicos pediram para a paciente voltar na unidade médica no dia 15 de julho deste ano para retirar os fixadores e fazer uma última cirurgia.
A técnica de segurança do trabalho contou que ao chegar no centro cirúrgico, a enfermeira pediu para que ela fosse até o Centro de Apoio e deixasse a mochila no guarda-volumes da unidade médica. A mulher disse que um maqueiro a acompanhou até o local.
“Eles me encaminharam para o centro cirúrgico e chegando lá a enfermeira informou que eu tinha que ir na Central de Apoio para entregar os pertences para fazer a cirurgia, porque eles não se responsabilizariam pelas minhas coisas”, contou a mulher.
Leda Oliveira contou ao G1 que encontrou um funcionário no Centro de Apoio e que ele revistou a mochila dela e a carteira. A mulher disse que estranhou o comportamento do maqueiro, que pedia para ela subir para o centro cirúrgico com pressa, antes de terminar a revisão dos objetos.
“Tinha um funcionário lá [Centro de Apoio do HGE], ele pegou as coisas, algumas ele olhou e outras disse que ainda ia olhar. O maqueiro começou a me dar pressa e eu briguei com ele. Na hora ele me falou que eu se eu não subisse, ia perder o horário. Não lacraram minhas coisas na minha frente e nem me deram um protocolo”.
A mulher disse que só percebeu o desaparecimento do dinheiro após pedir os objetos para tomar banho, um dia depois da cirurgia, no dia 16 de julho. Ela comunicou aos policiais que trabalham na unidade médica, que perguntaram se ela tinha certeza que ela tinha o dinheiro e disseram que nunca tinha tido casos parecidos no local.
“Eles foram grossos comigo e eu disse que não tinha necessidade de chegar lá [posto policial], no estado que eu estava, debilitada, para reclamar de um roubo se não fosse verdade”, disse Leda.
De acordo com a técnica de segurança, ela voltou para o centro cirúrgico e resolveu não registrar queixa. A mulher recebeu alta no dia 18 de julho.
Dias depois, Leda Oliveira descobriu que um cartão de crédito dela foi desbloqueado no dia 16 de julho, quando ela ainda estava internada, e que uma compra tinha sido feita no valor de R$ 20. A vítima disse que, no último sábado (7), recebeu um e-mail do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) que dizia que a dívida já estava em R$ 163,50.
Nesta segunda, Leda Oliveira retornou ao HGE para fazer revisão da cirurgia e foi até o posto policial, onde registrou o boletim de ocorrência. A mulher também contou que entregou a fatura da conta para a chefia do departamento da unidade médica.
A Polícia Civil informou que o caso vai ser investigado pela delegacia de Brotas. Até o momento, nenhum suspeito foi preso.
G1