A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou nesta terça-feira (25), Dia Mundial da Malária, que quer aumentar os esforços globais de prevenção da doença para salvar vidas. De acordo com relatório da entidade, os casos de malária no mundo caíram 41% e as mortes 62% entre 2000 e 2015. A agência calcula que os números revisados do documento podem mostrar que 6,8 milhões de vidas foram salvas por causa de medicamentos, tratamentos e mosquiteiros. A estratégia global da OMS para a malária entre 2016 e 2030 determina uma redução de pelo menos 90% dos casos da doença em 35 países. O plano quer também prevenir a reintrodução da malária em todos os países que já estejam livres da doença. “A OMS fez uma proposta para que, em 15 anos, os países endêmicos reduzissem em 75% a transmissão (da malária). O Brasil alcançou esta meta em 2014, ou seja em 14 anos e não 15. Então, nós reduzimos (a doença) em 75% e continuamos reduzindo. Nós temos hoje no país cerca 128 mil casos da enfermidade”, afirmou o coordenador do Centro de Pesquisa, Diagnóstico e Treinamento em Malária da Fiocruz, no Rio de Janeiro, o médico Cláudio Tadeu Ribeiro. Atualmente, 90% dos casos de malária no mundo estão na região da África Subsaariana. A OMS diz que milhões de casos foram evitados em toda essa área graças ao uso de mosquiteiros impregnados com inseticidas. Mas apesar dos avanços conquistados até agora, a doença continua sendo considerada uma grande ameaça à saúde pública. Segundo a Agência Brasil, as perspectivas da agência para alcançar as metas de eliminação da malária são positivas. “A gente acredita sim que se possa eliminar (a malária) em muitos países e levar o número a números residuais para que a gente possa então adequar as estratégias de controle para visar a erradicação. Se ela é possível, ainda é uma outra questão, mas nós continuamos com o discurso de que essa perspectiva é uma realidade atingível”, disse o médico da Fiocruz.
Bahia Notícias