Doenças cardiovasculares respondem por mais de 400 mil mortes anuais no Brasil. Muitas delas são vítimas de dois problemas que têm nomes parecidos, algo em comum, mas têm origens diferentes: a parada cardíaca e o ataque cardíaco.
A parada cardíaca é uma falha “elétrica” no coração e, como o próprio nome diz, faz com que ele pare de bater inesperadamente.
Segundo a Associação Americana do Coração (AHA, em inglês), essa condição é desencadeada por um mau funcionamento elétrico do órgão que causa batimentos irregulares (arritmia). A função cardíaca fica comprometida e o coração pode não bombear sangue para partes importantes do corpo, como cérebro e pulmões.
Uma vítima de parada cardíaca desmaia e não responde a estímulos, pode parar de respirar (parada cardiorrespiratória) ou ficar ofegante. A pressão arterial cai bruscamente.
É provável haver dano cerebral, se a parada cardíaca durar mais de 5 minutos, e morte, se a parada cardíaca durar mais de 8 minutos, ressalta o manual Merck de Diagnóstico e Tratamento.
A AHA ressalta que a parada cardíaca pode ser reversível em algumas pessoas se o tratamento for feito dentro de poucos minutos. O primeiro passo é ligar para a emergência.
Em seguida, inicia-se o procedimento chamado de RCP (ressuscitação cardiopulmonar) — manobras feitas com as mãos para “forçar” o coração a retomar o bombeamento de sangue. Um desfibrilador (equipamento que dá choques) pode ser usado em locais públicos que disponham desses aparelhos.
A origem do ataque cardíaco é outra. Trata-se de um problema circulatório em pessoas com arteriosclerose (acúmulo de placas de colesterol nas paredes das artérias).
Essa artéria bloqueada vai impedir que parte do coração receba sangue, e consequentemente oxigênio, ocasionando morte dos tecidos em poucos minutos, ou até mesmo a morte do paciente.
Diferente da parada cardíaca, o infarto, como também é chamado, vem acompanhado de sintomas. Os sinais clássicos são desconforto e dor no peito, que irradia para a mandíbula, braços, falta de ar, suor frio, náusea e confusão mental.
“Mesmo se você não tiver certeza de que é um ataque cardíaco, ligue para a emergência local. Pacientes com dor no peito que chegam de ambulância geralmente também recebem tratamento mais rápido no hospital.”, frisa a AHA.
Um ataque cardíaco pode provocar como consequência uma parada cardíaca. Isso corre devido às arritmias. Pacientes que tiveram danos cardíacos decorrente de infartos anteriores também estão sujeitos a ter parada cardíaca.
R7